Paraná

Literatura

O valor da leitura

Todas as dicas podem ser emprestadas gratuitamente na Biblioteca Pública do Paraná

Brasil de Fato | Curitiba (PR) |
Quanto maior a variedade de autores, mais ampla é a capacidade de compreensão sobre a realidade que nos cerca
Quanto maior a variedade de autores, mais ampla é a capacidade de compreensão sobre a realidade que nos cerca - Pedro Carrano

A leitura é uma prática fundamental. E, quanto maior a variedade de autores, mais ampla é a capacidade de compreensão sobre a realidade que nos cerca. Por isso, selecionamos uma lista de obras e autores que podem ser encontrados na Biblioteca Pública do Paraná (Cândido Lopes, 133, Centro). Confira!

Terra Sonâmbula, de Mia Couto - Primeiro trabalho do escritor de Moçambique (África) aborda o impacto sobre as pessoas comuns da guerra de libertação nacional (1965-1975) e da guerra civil (76-92) naquele país. A narrativa de Couto é carregada de poesia e de visão de mundo comparável a Guimarães Rosa.

Alguns Poemas, de Emily Dickinson - Hoje é uma das principais escritoras do Ocidente. Aos vinte anos, Dickinson passou a viver em isolamento dentro de casa. Ainda no século 19, escreveu poemas curtos, modernos, irônicos, questionando a filosofia ocidental e evocando a natureza.

O Século das Luzes, de Alejo Carpentier - Neste romance, o escritor cubano recria a história do comerciante e revolucionário Victor Hughes, e a forma como as ilhas do Caribe foram impactadas pelas ideias e pelo sangue da Revolução Francesa, no século 18. Carpentier é um dos principais expoentes do chamado “boom latino-americano” que projetou para o mundo autores como Gabriel García Marques, Mario Vargas Llosa, entre outros.

Stálin, uma biografia política, de Isaac Deutscher - No centenário da revolução russa (1917-2017), vale ler o autor polonês que traçou um quadro completo de uma época, ao contar a história dos principais líderes da revolução: Trotski (a quem se considerava seguidor), Stálin e Lênin. Seus trabalhos são marcados pela crítica, pelo rigor e pela ausência de preconceitos, o que ajuda a compreender os fatos do período.

Zooilógico: mini contos fantásticos, de Marina Colasanti - Com sensibilidade e humor, a autora escreve contos curtos, que também podem ser chamados de “prosa poética”, apontando o os absurdos presentes no cotidiano.

Desonra, de JM Coetzee - O sul-africano escreve um romance magistral pela frieza, cujo personagem central é um professor expulso de uma universidade. Ele vai ao interior do país reencontrar a filha, que vive numa comunidade alternativa marcada por um ambiente hostil. Lá, o professor encontra o pano de fundo de uma África ainda dividida.

Jovens autores no Paraná:

Detetive à Deriva, de Luís Henrique Pellanda - O autor, jornalista que já havia despontado como excelente repórter, agora se consolida no gênero da crônica e o renova, pela capacidade de extrair poesia de situações simples e cotidianas.

Cecília não é um cachimbo, de Assionara Souza - Uma das escritoras e agitadoras culturais de destaque em Curitiba, a literatura em prosa de Assionara é marcada pela criatividade e irreverência.

Política sem ilusão, de Claudio Rossano Ritser - Cientista político, Ritser faz um balanço do período em que o Partido dos Trabalhadores (PT) esteve no governo (2003 – 2016), tentando compreender a política de alianças do partido em um cenário, segundo ele, de conservadorismo e adversidade no legislativo e na sociedade.

Edição: Ednubia Ghisi