Rio Grande do Sul

Brasil de Fato RS - Edição 12

Edição 12 do Brasil de Fato RS

💰 QUEM PAGA A CONTA – A onda de privatizações anunciada pelo governo Bolsonaro fará os trabalhadores pagarem a mesma conta por duas vezes. Quando as estatais foram implantadas foi de seus institutos de previdência e outros fundos sociais que vieram os recursos para bancar as obras. Agora, quando se quer entregá-las a qualquer preço à iniciativa privada, são novamente os assalariados que levarão a pior. 

💸 DESVALORIZAR PARA VENDER– No processo de desgaste da imagem da Petrobras, a Operação Lava-Jato teve um papel importante. Suas ações colocaram a gestão da Petrobras como sinônimo de corrupção, ajudando a criar a ideia de que a empresa estava destruída. No entanto, entre 2011 e 2015, a estatal teve um aumento de 33% na venda de produtos e serviços enquanto, no mesmo período, baixava a lucratividade das grandes petroleiras internacionais. Além disso, a produção de óleo na região do Pré-Sal saltou de 45 mil barris/dia para 1,2 milhão de barris/ dia.

😱 AMEAÇA SOBRE A REFAP – Uma das quatro refinarias da Petrobras na mira da privataria federal é a Alberto Pasqualini, de Canoas/RS. Nos anos 1960, a planta foi a mais importante conquista do Estado em termos de industrialização. A ameaça motivou uma grande mobilização dos petroleiros gaúchos contra a entrega da refinaria. 

🤝🏻 UM NEGÓCIO DE PAI PARA FILHO – No grande mercado das privatizações, há uma regra de ouro:  o Estado e a sociedade assumem o ônus e os empresários compradores ficam com o bônus. Foi assim que aconteceu na primeira grande liquidação de patrimônio público durante o governo FHC. É o que demonstram  inúmeros casos, como os da Vale do Rio Doce, da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), do Banerj, da Fepasa entre outros.

⚽ FUTEBOL E DITADURA – Quando o regime civil-militar de 1964 completa 55 anos de sua imposição, selecionamos seis histórias sobre seu relacionamento com o esporte mais popular do país. Entre elas, a influência do governo sobre o aumento dos clubes que disputavam o campeonato nacional. “Se a Arena vai mal, mais um clube no nacional”, era a receita da época para angariar votos para o partido da situação.