Rio Grande do Sul

PROTESTO

Movimentos Sociais e centrais sindicais preparam ato contra a destruição do país

Mobilização em Porto Alegre será na terça-feira (24), data que Senado vota primeiro turno da reforma da Previdência

Brasil de Fato | Porto Alegre (RS) |

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Trabalhadores, estudantes, centrais e movimentos sociais voltam às ruas na capital gaúcha
Trabalhadores, estudantes, centrais e movimentos sociais voltam às ruas na capital gaúcha - Foto: Marcelo Ferreira

Nessa sexta-feira (20), trabalhadoras, trabalhadores e estudantes de várias capitais do país sairão novamente às ruas em defesa dos direitos e do meio ambiente e contra a destruição do Brasil. Devido ao feriado estadual da Revolução Farroupilha no Rio Grande do Sul, a manifestação em Porto Alegre foi transferida para a próxima terça-feira (24). Na capital, a concentração será na Esquina Democrática, a partir das 17 horas. A decisão foi tomada em reunião realizada nessa na segunda-feira (16), na sede da Fecosul, em Porto Alegre, em que participaram centrais sindicais e movimentos sociais. Participaram dirigentes da CUT, CCTB, CSP-Conlutas, Intersindical, CSB e CGTB, bem como representantes das frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo e demais movimentos sociais.

Sobre a reforma da Previdência, que tem a votação em primeiro turno no Senado prevista para o dia do protesto em Porto Alegre, o presidente da CUT-RS, Claudir Nespolo, ressaltou que a proposta do governo de Jair Bolsonaro não acaba com privilégios, mas retira direitos de trabalhadores e aposentados, especialmente dos mais pobres. “Temos que pressionar os senadores, para que votem contra essa reforma cruel, desumana e perversa, em vez de proporem uma PEC paralela para tirar algumas das maldades aprovadas por maioria na Câmara dos Deputados”, destaca. “O senador Paulo Paim (PT) já votou contra a reforma de Bolsonaro na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Como votarão os senadores Luiz Carlos Heinze (PP) e Lasier Martins (Podemos)?”, indaga sobre os demais senadores gaúchos.

Além das pautas nacionais como a defesa da aposentadoria, da Amazônia, da soberania nacional, por emprego, contra os cortes na educação pública e o programa Future-se, que pretende privatizar a gestão das universidades e institutos federais, o ato abarcará também a luta contra as privatizações dos governos Bolsonaro, Eduardo Leite e Nelson Marchezan Junior.

Apoio a mobilizações 

Reunião de planejamento foi realizada na sede da Fecosul | Foto: Divulgação CUT-RS 

Durante a reunião, foi manifestado apoio à greve dos trabalhadores dos Correios e apoio também para "o dia de mobilização global pelo clima", marcado por entidades ligadas à proteção do meio ambiente para a próxima sexta-feira (20). Haverá manifestação, às 15h, no Parque da Redenção. A atividade já conta com o apoio da União Nacional dos Estudantes (UNE), da União Estadual dos Estudantes (UEE) e da União Metropolitana dos Estudantes Secundários de Porto Alegre (Umespa).

Também foi decidido reforçar a participação na audiência pública marcada para o dia 30 de setembro sobre o projeto Mina Guaíba, que diz respeito a empresa Copelmi, que pretende a exploração de carvão a céu aberto na região metropolitana de Porto Alegre. O encontro, promovido pela deputada federal Fernanda Melchionna (PSol), será realizado às 18h30, no Teatro Dante Barone da Assembleia Legislativa do RS.

Uma nova reunião está marcada para esta quinta-feira (19), às 11h, na Fecosul, para organizar panfletagens e definir os demais encaminhamentos para a mobilização do dia 24.

* Com informações de CUT - RS

Edição: Marcelo Ferreira