Rio Grande do Sul

PACOTAÇO DE EDUARDO LEITE

Policiais civis aprovam realização de Assembleia para deliberar sobre greve

Conselho de Representantes da UGEIRM debateu medidas para barrar pacote do retrocesso do Governo Eduardo Leite

Brasil de Fato | Porto Alegre (RS) |
Ataque ao funcionalismo estadual preocupa categoria dos policiais civis do RS
Ataque ao funcionalismo estadual preocupa categoria dos policiais civis do RS - Foto: Divulgação UGEIRM

O Conselho de Representantes da  UGEIRM – Sindicato dos Agentes da Polícia Civil do RS - se reuniu, nesta quinta-feira (24), para debater sobre o Pacote do Retrocesso do Governo Eduardo Leite e deliberar sobre os próximos passos da mobilização da categoria. No período da manhã, foi realizado um debate bastante rico sobre as propostas apresentadas pelo governo do estado e foi feito um relato sobre como está a mobilização nas regiões. O Assessor Jurídico da UGEIRM, Dr. Fabrício Mottin, fez uma exposição sobre o pacote do Governo e os principais pontos que atingem os Policiais Civis.

A direção da UGEIRM também expôs aos representantes a gravidade das medidas propostas por Eduardo Leite. Foi ressaltado que a direção do sindicato já havia alertado sobre o que viria com a reforma da Previdência e o grande risco que significaria a não inclusão dos estados na PEC 06. A perspectiva de um reforma da Previdência proposta por Eduardo Leite e votada na Assembleia Legislativa é a pior possível. A realidade é que a equipe econômica do governo do RS tem uma visão muito parecida com a de Paulo Guedes. A gestão da atual Secretária do Planejamento do nosso estado, Leany Lemos, no governo do Distrito Federal é conhecida como uma das mais cruéis com o serviço público, tendo feito lá um verdadeiro desmonte da Previdência dos servidores públicos. Foi essa a missão dada pelo governador para Leany Lemos: destruir a aposentadoria dos servidores e fazer caixa com o trabalho e a Previdência dos servidores públicos.

Frente a essa realidade de ataque aos Policiais Civis, foi consenso entre os Representantes que não existe justificativa para os Policiais continuarem alimentando as estatísticas de um governo que não demonstra o mínimo respeito com a Segurança Pública. O cumprimento das metas absurdas do Qualificar, no momento em que o governo aumenta a alíquota da Previdência e atrasa os salários por mais de 30 dias, não se justifica.

Assembleia Geral vai deliberar sobre possibilidade de greve 

Na parte da tarde, os representantes debateram a continuação e aprofundamento da mobilização dos policiais Civis. Foi consenso que essa luta, além da fundamental participação da categoria como um todo, tem que unificar toda a segurança pública, com a participação da Brigada Militar e dos Bombeiros Militares nos atos de rua. O Conselho de Representantes da UGEIRM aprovou a convocação de Assembleia Geral Extraordinária dos Policiais Civis, para debater e deliberar sobre a possibilidade de deflagração de greve e retomada do Cumpra-se a Lei;

 

Para o presidente da UGEIRM, Isaac Ortiz, o tempo para reação dos Policiais Civis é cada vez mais curto. “Temos que aumentar e acelerar a nossa mobilização. A extensão dos ataques desse Pacote é inédita, todos os aspectos da vida policial serão atingidos. Desde a nossa atuação sindical até a nossa aposentadoria, tudo estará em risco. A Assembleia vai traçar os rumos da mobilização, inclusive com a possibilidade de uma greve. Mas não podemos esperar a Assembleia para começar a agir, vamos pressionar os deputados, vereadores e prefeitos. Vamos debater com os colegas nas Delegacias e participar dos atos pelo interior. Se a categoria não se mexer agora, nós e nossas famílias sofrerão as conseqüências de um futuro sem aposentadoria e com redução salarial”, alerta Isaac Ortiz.

 

Edição: Marcelo Ferreira