Rio Grande do Sul

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Fiscais estaduais agropecuários lançam canal no Youtube

O canal Com coisa de comer não se brinca (CCNB) produz conteúdo animado sobre o cuidado com alimentos de origem animal

Brasil de Fato | Porto Alegre |
Fiscais estaduais agropecuários durante gravações dos vídeos - Tatiane da Rosa de Andrade

O cenário combina churrasco, cerveja e rock, além de boas doses de conversa sobre os mais diversos temas envolvendo comida. É a partir desta mistura, norteada pelo conhecimento técnico, que surgiu o canal Com coisa de comer não se brinca (CCNB). 

O projeto é de autoria dos fiscais estaduais agropecuários Felipe Schuck e Luciano Chaves, veterinários especialistas em Produção, Tecnologia e Higiene de Alimentos de Origem Animal pela UFRGS.

Em caráter experimental, a primeira temporada entrou no ar em outubro de 2019 e encerrou em janeiro, totalizando seis programas com duração que varia de 7 a 24 minutos. Os vídeos estão disponíveis no Youtube e abordam assuntos como os fluxos de produção e os aspectos a serem considerados na elaboração de um projeto de indústria, por exemplo. Também foram pauta as boas práticas de fabricação (BPF) versus as “poucas práticas de fabricação”. A iniciativa abre espaço, ainda, para a participação de convidados para entrevista.

Em fevereiro, a dupla está se dedicando a aperfeiçoar os processos técnicos no que diz respeito às gravações, além de planejar a pauta para os próximos programas. O início da segunda temporada está previsto para março. Carne orgânica, boutique de carne e produção de cerveja são temas que já estão na pauta. “A gente está recebendo mensagens de pessoas sugerindo assuntos e querendo falar no canal, isso é que está sendo legal”, comenta Chaves.

Enquanto a pauta é responsabilidade de Chaves, a edição fica por conta de Schuck. Há 14 anos, os dois são servidores da Secretaria de Agricultura. Na função de fiscais estaduais agropecuários, atuam na inspeção de produtos de origem animal, com atendimentos a empresas, análises de projetos e auditorias em municípios, com maior foco na inspeção de carnes. Também lidam diariamente com boas práticas de fabricação (BPF) e análise dos pontos críticos de controle, entre outras questões.

O público-alvo do CCNB é variado, pois os assuntos debatidos interessam a profissionais que trabalham na área, mas também a empresários e consumidores em geral. Um resultado que já foi percebido é que as informações compartilhadas no canal também estão repercutindo entre os colegas que trabalham com inspeção municipal e entre os profissionais que atuam como responsáveis técnicos.

“Nessa nossa vivência, de Secretaria da Agricultura, principalmente, a gente sempre teve muito contato com muita gente”, conta Schuck. Com o surgimento do SUSAF e do SISBI, os servidores começaram a ter contato mais frequente com colegas da inspeção municipal e perceberam que, ao percorrerem diferentes municípios para ministrar treinamentos, as dúvidas relatadas muitas vezes eram as mesmas. Ou seja, as informações e as soluções técnicas nem sempre circulam de forma eficiente.

Para o veterinário Richard Alves, diretor da Associação dos Fiscais Agropecuários do Rio Grande do Sul (Afagro), o canal é uma ferramenta que ajudará a estreitar o diálogo entre consumidores, indústria e técnicos que atuam na inspeção de produtos de origem animal. “É um programa descontraído, mas com conteúdo técnico relevante. Este espaço dará ainda mais visibilidade ao trabalho que há por trás da produção de alimentos”, acrescenta o dirigente.

Link do canal aqui

Fonte: Afagro

Edição: Katia Marko