Rio Grande do Sul

PROTESTO

Moradores de Porto Alegre batem panelas contra o governo Bolsonaro

Impossibilitados de ir às ruas, os porto-alegrenses realizam barulhaço no dia de luta em defesa da educação e da saúde

Brasil de Fato | Porto Alegre |
Moradores bateram panelas e projetaram vídeo contra o presidente - Ezequiela Scapini

Mesmo com atos de rua suspensos devido à pandemia de coronavírus, os porto-alegrenses não deixaram de se manifestar contra o governo de Jair Bolsonaro. O dia 18 de março foi definido pelas centrais sindicais e entidades estudantis como dia de luta em defesa da educação e do serviço público e contra a retirada de direitos e registrou protestos em todo o país. Além disso, a crise mundial do coronavírus incluiu na pauta de reivindicação a defesa do SUS e o fim da Emenda Constitucional 95, que determina o teto dos gastos públicos com saúde e educação.

Não sendo possível sair às ruas, a alternativa foi realizar às 20h um barulhaço, como chamado pelas organizações impulsionadoras da ação.  Batendo panelas e com gritos de “fora Bolsonaro”, moradores de Porto Alegre passaram mais de uma hora se manifestando contra o governo Bolsonaro. Nos bairros Centro Histórico e Cidade Baixa, ainda foram exibidos vídeos que criticava as políticas do governo para a pandemia do coronavírus.


Exibição no bairro Centro Histórico de Porto Alegre pediu "fora Bolsonaro" / Guilherme Schereder

Durante coletiva de imprensa na tarde de hoje (18), o presidente Bolsonaro reivindicou que as ações do governo no combate ao coronavírus deveriam ser exaltadas:

"Nosso time está ganhando de goleada. Duvido que quem vier me suceder um dia, acho muito difícil, consiga montar uma equipe como eu montei. Tive a coragem de não aceitar pressões de quem quer que seja. Então, se o time está ganhando, vamos fazer justiça, vamos elogiar seu técnico, e o seu técnico chama-se Jair Bolsonaro”, declarou.

O presidente ainda criticou a imprensa em tom de perseguição, afirmando que somente o panelaço das 20 horas, contrário ao governo, seria noticiado, enquanto o panelaço das 21 horas em apoio ao governo seria negligenciado. Contudo, o barulho de panelas em defesa do governo praticamente não foi constatado.

 

Edição: Katia Marko