Rio Grande do Sul

DESGOVERNO

ASUFPel lança nota exigindo o fim de um governo que nasceu de mentiras e horror

O Sindicato representa os servidores técnico-administrativos em educação da Universidade Federal de Pelotas

Brasil de Fato | Porto Alegre |
Entidade exige a imediata queda do presidente Jair Messias Bolsonaro e seu vice-presidente Hamilton Mourão - Sergio Lima/AFP

O Sindicato dos Servidores da Universidade Federal de Pelotas (ASUFPEL-Sindicato) lançou, nesta sexta-feira (27), uma nota pública para solicitar o apoio dos técnicos-administrativos em educação, no sentido de exigir a imediata queda do presidente Jair Messias Bolsonaro e seu vice-presidente Hamilton Mourão.

Segundo o texto, é urgente que se abre um processo de destituição do presidente da República, Jair Bolsonaro, sob pena, de sermos encolhidos por uma desgraça anunciada há meses. Entre os argumentos, a coordenação do Sindicato enumera, para além da incapacidade de criar empregos, investir na Educação e na Saúde públicas, o pronunciamento do presidente, no dia 24 de março de 2020, que “contrariou as orientações que ele mesmo cumpriu em campanha eleitoral, e determinou que as escolas, o comércio, os aeroportos e demais atividades que tivessem aglomerações, voltassem a funcionar normalmente”.

Confira a íntegra da nota:

Um processo de destituição do presidente da República do Brasil, Sr. Jair Messias Bolsonaro, precisa ser colocado em prática imediatamente, sob pena, de sermos encolhidos por uma desgraça anunciada há meses.

A incapacidade de gerência tanto do patrimônio público quanto das vidas dos brasileiros/as, mostrada na campanha eleitoral e neste último período foi algo gritante. Bolsonaro, até o momento, não apresentou propostas viáveis de gestão para a Nação, quando era candidato, sequer comparecia aos debates propositivos, ponto fundamental no funcionamento da democracia.

Quem criou sua estrutura de campanha eleitoral, ligada a políticos corruptos, empresários (do país e de fora do território nacional) que visam apenas o lucro, e as milícias, foram seres despreparados, inescrupulosos e desumanos. Aliás, em mais de 30 anos de vida pública não apresentou nada que pudesse contribuir com a evolução dos brasileiros e das brasileiras, o que consolidou foi a entrada dos filhos e parentes no mundo político. Ele junto aos filhos e despreparados assessores, disseminaram falsas promessas, consolidação do medo e prometeram um acesso facilitado ao poder econômico.

Não é novidade que somos atacados por um mal invisível que vêm dizimando milhares de famílias, no mundo inteiro. A última contagem apresentou (23 de março de 2020) um absurdo número de 16.5 mil mortes pelo covid-19. Sensatamente os países da Europa, da América do Sul e da Ásia montaram estratégias para enfrentar os perigos eminentes do novo vírus.

Nos Estados Unidos, por exemplo, mais de 2 trilhões de dólares foram colocados à disposição dos trabalhadores/as e das empresas americanas. Para que se tenha uma ideia, esta quantia é superior aos bens e serviços que o Brasil produziu em 2019. Além das iniciativas financeiras organizadas pelos diversos governos, a Organização Mundial de Saúde (OMS) junto a profissionais renomados da medicina do mundo inteiro e o ministro da Saúde do próprio Bolsonaro estão orientando uma quarentena. Segundo pesquisas estas iniciativas não resolverão o problema, porém amenizarão as perdas.

Pois bem, para além da incapacidade de criar empregos, investir na Educação e na Saúde públicas, Jair, no dia 24 de março de 2020, em um pronunciamento oficial à Nação brasileira através de sinal de rádio e emissoras de tv, contrariou as orientações que ele mesmo cumpriu em campanha eleitoral, e determinou que as escolas, o comércio, os aeroportos e demais atividades que tivessem aglomerações, voltassem a funcionar normalmente.

Lembramos aqui, que na época de campanha eleitoral, Bolsonaro justificava sua ausência nos debates por atestados médicos. Os profissionais da medicina orientavam o atual presidente a não fazer deslocamentos, por entender que seu estado de saúde era grave, devido a um não esclarecido atentado feito por arma branca.

A pergunta que fica é a seguinte: por qual motivo uma orientação médica que antes foi seguida à risca, agora não vale? Não se engane, Jair Bolsonaro está jogando com algo que não lhe pertence, a vida das pessoas. Em última análise, constatamos a incapacidade, o desrespeito, a intolerância e a falta de humanidade do mandatário máximo do Brasil. Políticos, juristas e mais da metade do povo brasileiro afirmam que o governo Bolsonaro acabou, e argumentam sua exigência com erros visíveis, como: improbidades administrativas e falta de controle na Administração Pública.

Por estas e muitas outras, o Sindicato-ASUFPel vêm a público somar-se à luta, e solicitar o apoio dos técnicos-administrativos em educação, no sentido de exigir a imediata queda de Jair Messias Bolsonaro e seu vice-presidente Hamilton Mourão.

Todos e todas importam.

Coordenação do Sindicato-ASUFPel

 

Edição: Katia Marko