Rio Grande do Sul

SERVIÇO ESSENCIAL

Em nota, Sindjors pede manutenção dos empregos e respeito ao acordo emergencial

Sindicato manifesta preocupação e repúdio frente às demissões de jornalistas em diversos veículos no RS

Brasil de Fato | Porto Alegre |
Em abril, a RBS demitiu mais de 20 jornalistas. Nesse mês, o Grupo Record também dispensou trabalhadores - Reprodução

Nas últimas semanas, em meio à pandemia do novo coronavírus, dezenas de jornalistas perderam seus empregos em veículos de comunicação do Rio Grande do Sul. A situação levou o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul (Sindjors) a se manifestar pela manutenção dos empregos e respeito ao acordo coletivo emergencial firmado com os sindicatos dos empregadores. O Sindjors destaca a importância da profissão “reconhecida em 22 de março, na edição extra do Diário Oficial da União, quando o governo federal definiu como essenciais as atividades e os serviços da imprensa, como medida de enfrentamento à pandemia da covid-19”.

Além do fechamento e demissões em veículos do Interior, no mês de abril a RBS demitiu mais de 20 profissionais. Agora em maio, foi a vez do Grupo Record, que dispensou jornalistas do Correio do Povo e da rádio Guaíba, motivando o sindicato da categoria a lançar a nota de solidariedade à categoria. Nela, o Sindjors se coloca à disposição dos jornalistas na defesa dos direitos assegurados e manifesta repúdio a “toda e qualquer demissão registrada nos veículos, uma vez que existem opções de enxugamento da máquina administrativa – ‘corte de gastos’ –, sem a necessidade de desligamentos. Tanto é que o jornal Correio do Povo, afora as demissões, anunciou reduções de salário e de carga horária dos seus profissionais em 25%”.

Confira a nota na íntegra:

Nota de Solidariedade: Jornalistas do Correio do Povo e da Rádio Guaíba são demitidos em meio à pandemia do coronavírus (covid-19)

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul – Sindjors – vem a público expressar preocupação e repúdio às demissões de profissionais do jornal Correio do Povo e da rádio Guaíba, do Grupo Record RS. Preocupada com os rumos do mercado de trabalho da categoria, especialmente durante a pandemia, a direção do Sindjors, após tratativas com os sindicatos dos empregadores, homologou a Convenção Coletiva de Trabalho Emergencial por Motivo de Força Maior (Pandemia COVID-19), que trata das resoluções da MP 936/20, que garante alguns direitos aos trabalhadores, mesmo num cenário inequivocamente desfavorável.

Recentemente, veículos do interior do estado fecharam ou demitiram profissionais e mais de 20 colegas da RBS perderam seus empregos. Sabemos da crise financeira que afeta o país, mas também temos consciência de que a força de trabalho é que move a economia. E, no caso do jornalista, a importância do seu trabalho foi reconhecida em 22 de março, na edição extra do Diário Oficial da União, quando o Governo Federal definiu como essenciais as atividades e os serviços da imprensa, como medida de enfrentamento à pandemia de covid-19. Assim, repudiamos toda e qualquer demissão registrada nos veículos, uma vez que existem opções de enxugamento da máquina administrativa – “corte de gastos” , sem a necessidade de desligamentos. Tanto é que o jornal Correio do Povo, afora as demissões, anunciou reduções de salário e de carga horária dos seus profissionais em 25%.

A presidenta do Sindjors, Vera Daisy Barcellos, manifesta solidariedade a todos os colegas desligados, que perderam sua renda num momento tão crítico e difícil em nossa sociedade, e coloca o Sindicato à disposição dos jornalistas para acompanhar a homologação da rescisão dos contratos, defendendo os direitos assegurados no Acordo Coletivo vigente.

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* Com informações do Sindjors

Edição: Marcelo Ferreira