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Reitor confirma adiamento do vestibular da UFRGS e fala sobre previsão de retomada

Rui Vicente Oppermann antecipa que a tendência é que as aulas presenciais não retornem no mês de junho

Sul 21 | Porto Alegre |
Nova data do vestibular levará em conta o fato de que o ano letivo de 2021 provavelmente começará com atraso - Guilherme Santos | Sul21

O reitor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Rui Vicente Oppermann, confirmou em entrevista ao Sul21 na tarde desta quinta-feira (21) que o vestibular para o ingresso em 2021, que estava previsto para ocorrer nos finais de semana dos dias 28 e 29 de novembro e 5 e 6 de dezembro, está adiado por tempo indeterminado.

“O vestibular está dentro do calendário escolar da UFRGS. Esse calendário foi suspenso, porque as atividades de ensino não estão acontecendo presencialmente. Quando nós tivermos o retorno, a primeira missão que Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão e o Conselho Universitário terão é refazer o calendário escolar, adequando as necessidades de data ao período que a gente suspendeu, dali para frente. Nesse sentido, a universidade vai ter o início do primeiro semestre de 2021 a partir do momento que nós tivermos terminado o segundo semestre de 2020”, disse.

O reitor destacou que a nova data do vestibular levará em conta o fato de que o ano letivo de 2021 provavelmente começará com atraso. “Possivelmente, possa não ser no começo de março, porque nós não temos uma perspectiva de retorno presencial completo ainda. Os decretos municipal, estadual e federal não estão permitindo às universidades o funcionamento pleno presencial”, afirmou, lembrando ainda que o calendário do primeiro semestre de 2020 foi interrompido logo após ser iniciado, faltando praticamente todo o período ainda a ser cumprido.

Previsão de retomada

Oppermann diz que as atividades de ensino estão oficialmente suspensas até o dia 31 de maio e que o comitê interno criado na UFRGS para o enfrentamento à pandemia se reunirá na próxima segunda-feira (25) para discutir a situação. “Vamos ouvir desse comitê qual é a recomendação que ele nos fará a respeito do que a gente deve fazer a partir do dia 31 de maio. Mas eu devo adiantar que há um decreto estadual, um decreto municipal e mesmo um decreto federal que dizem que as atividades não devem retornar presencialmente ao longo do mês de junho”, disse o reitor.

Oppermann antecipa que a tendência é que as aulas presenciais não retornem no mês de junho. Por outro lado, o reitor afirma que, inspirado no modelo de distanciamento controlado implementado pelo governo do Estado, um grupo de trabalho da universidade está elaborando modelos para a retomada com diferentes protocolos que se adequarão a diferentes cenários da pandemia. Oppermann ressalva que esses modelos ainda estão em fase de elaboração.

Apesar das aulas estarem suspensas, o reitor ressalta que a universidade não está parada, mantendo-se ativa nas atividades de pesquisa e extensão para o enfrentamento da pandemia, como a produção de equipamentos de proteção individual (EPIs), auxílio à famílias em situação de vulnerabilidade, consultoria financeira para pequenas e médias empresas, entre outras atividades.

“A UFRGS nunca esteve tão direcionada como um todo no enfrentamento de um problema que é a pandemia. Aí a gente vê a força que nós temos, porque temos professores, técnicos e alunos que estão trabalhando, muitos voluntários, no enfrentamento da pandemia. Isso sem falar no Hospital de Clínicas e toda a área da saúde da universidade, que está totalmente comprometida com o trabalho do Hospital”, disse. “É emocionante ver como a UFRGS está concentrada no combate ao vírus juntamente com as outras instâncias da sociedade”, complementou.

Edição: Sul 21