O Rio Grande do Sul inicia o mês de junho somando ao menos 233 mortes por covid-19. O boletim mais recente da Secretaria Estadual da Saúde (SES) apontou a morte de seis pessoas no domingo (31), totalizando 224 óbitos. Somam-se a esses números a confirmação de novas vítimas em seis cidades, que ainda não estão registradas no levantamento estadual.
Os óbitos confirmados pela SES são em: Lajeado (homem de 86 anos e mulher de 57 anos), Carlos Barbosa (homem de 80 anos), Bento Gonçalves (homem de 75 anos e homem de 91 anos) e Porto Alegre (mulher de 80).
As mortes ainda não registradas no levantamento estadual são em: Porto Alegre (mulher de 79 anos), Passo Fundo (mulher de 53 anos), Paverama (homem de 87 anos, mulher de 93, mulher de 76 anos), São Leopoldo (mulher de 76 anos) Santo Ângelo (homem de 72 anos), Erechim (homem de 45 anos) e Ibirubá (homem de 66 anos).
O levantamento da SES confirmou somente no domingo 91 casos pacientes infectados no estado, totalizando 9.332 casos confirmados de covid-19 desde o início da pandemia. Desses, 7.104 (76,1%) já são considerados curados, enquanto 2.004 (21,5%) ainda estão com a doença ativa. O novo coronavírus já está presente em 289 municípios gaúchos e possui uma taxa de incidência de 82 pacientes infectados a cada 100 mil habitantes.
Uruguaiana e Capão da Canoa voltam para bandeira laranja
Classificação aponta 14 regiões com risco médio e 6 com risco baixo / Foto: Seplag / SES
No sábado (30), o governo estadual atualizou a classificação do Distanciamento Controlado. Com a piora nos indicadores das regiões de Uruguaiana e Capão da Canoa, as duas regiões voltam a ter bandeira laranja, a classificação de risco médio. Na semana anterior, as duas regiões haviam passado da bandeira laranja para a amarela, mas o aumento de hospitalizações confirmadas por covid-19 e internações em UTI por síndrome respiratória aguda grave (SRAG) alterou novamente o cenário.
A região de Uruguaiana (formada por 11 municípios na divisão do Distanciamento Controlado) apresentou piora em quatro indicadores, ao mesmo tempo em que obteve melhora em outros dois. Houve crescimento de quatro para 10 hospitalizações confirmadas por covid-19, e aumento de sete para 10 casos de internações em UTI por SRAG nos últimos 14 dias.
Na região de Capão da Canoa (formada por 23 municípios na divisão do Distanciamento Controlado), o fato predominante para a mudança foi a soma do número de novas hospitalizações SRAG e covid-19 nos últimos 14 dias, que foi maior que cinco. Além disso, houve piora em três indicadores, entre os quais o número de hospitalizações confirmadas por covid-19, que saltou de zero para oito, e o número de internações em leitos de UTI por SRAG, que subiu de 2 para 12.
Laranja é a bandeira predominante do estado, onde 14 regiões apresentam risco epidemiológico médio para o coronavírus. Seis apresentam bandeira amarela, que significa risco baixo. Nenhuma região recebeu a bandeira vermelha ou preta, que indicam riscos mais elevados, nem mesmo as com maiores focos de contágio, como aquelas onde estão os municípios de Passo Fundo e Lajeado.
As novas bandeiras e os respectivos protocolos que regram o funcionamento de mais de cem atividades econômicas são válidas a partir de segunda-feira (1°/6) até o domingo seguinte (7/6).
Brasil ultrapassa a marca de 500 mil casos
O balanço do Ministério da Saúde, divulgado neste domingo (31), mostra que o Brasil alcançou 514.849 casos de covid-19. Foram 16.409 confirmações nas últimas 24 horas. As mortes chegaram a 29.314, com 480 novos óbitos desde a última atualização. Estão em acompanhamento 278.980 pacientes e 206.555 estão recuperados.
São Paulo continua como o estado com mais infecções, com 109.698 casos. O governador João Doria (PSDB) anunciou um plano para reabertura das atividades econômicas nessa semana. O total de óbitos no estado é 7.615. Em seguida está o Rio de Janeiro com 53.388 casos de covid-19 e 5.344 mortes. O Ceará tem 48.489 casos e 3.010 óbitos.
O que é coronavírus?
É uma extensa família de vírus que podem causar doenças tanto em animais como em humanos. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), em humanos, os vários tipos de vírus podem causar infecções respiratórias que vão de resfriados comuns, como a síndrome respiratório do Oriente Médio (MERS) a crises mais graves, como a síndrome respiratória aguda severa (SRAS). O coronavírus descoberto mais recentemente causa a doença covid-19.
Como ajudar a quem precisa?
A campanha “Vamos precisar de todo mundo” é uma ação de solidariedade articulada pela Frente Brasil Popular e pela Frente Povo Sem Medo. A plataforma foi criada para ajudar pessoas impactadas pela pandemia da covid-19. De acordo com os organizadores, o objetivo é dar visibilidade e fortalecer as iniciativas populares de cooperação.
Como tirar dúvidas?
A Secretaria Estadual da Saúde recomenda à população e aos profissionais de saúde do RS que entrem em contato com a vigilância epidemiológica de seu município para esclarecimento de dúvidas. Nos horários que as repartições municipais não estiverem atendendo ao público, está disponível o telefone 150 - Disque Vigilância da SES. Questionamentos podem ser encaminhados também para o email [email protected].
Edição: Marcelo Ferreira