Rio Grande do Sul

NÚMEROS DA PANDEMIA

Rio Grande do Sul tem mais de 23 mil casos confirmados de covid-19

Número de óbitos, que alcançou a marca de 500 pessoas nesta quarta (24), não foi atualizado devido a problemas técnicos

Brasil de Fato | Porto Alegre |
Em todo o Brasil, atualização mais recente aponta quase 54 mil mortes - Marcello Casal Jr./EBC

Pelo terceiro dia consecutivo, o Rio Grande do Sul registrou mais de mil novos casos de covid-19, conforme atualização da Secretaria Estadual da Saúde (SES) divulgada na tarde desta quinta-feira (25). Foram 1.079 infectados, elevando o número total de casos confirmados para 23.060 no estado.

Já o número de óbitos e de pessoas internadas não foi atualizado pela pasta. Até ontem, data em que completou três meses da primeira morte em decorrência do novo coronavírus no estado, já havia a confirmação de 500 óbitos. Segundo a SES, há um problema no acesso e na exportação do banco de dados do Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe (SIVEP-Gripe), onde os casos graves e óbitos são notificados.

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Conforme a Secretaria, a expectativa é que a atualização volte a ser feita com normalidade nesta sexta-feira (26), quando serão incluídos os casos e óbitos que hoje não puderam ser divulgados. “A área responsável pelo sistema no Ministério da Saúde está trabalhando desde esta manhã para a solucionar a instabilidade”, informa em nota.

Quase 54 mil mortos no Brasil

O Brasil segue superando outras nações em registros diários da covid-19 e entre terça (23) e quarta-feira (24) confirmou 42.725 novos infectados pela doença. O resultado só fica abaixo dos mais de 54 mil pacientes que foram registrados no país nas 24 horas entre quinta (18) e sexta-feira (19) da semana passada.

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Segundo dados do Conselho Nacional de Secretarias de Saúde, o total de infectados desde o início da pandemia é de 1.188.631. Ainda de acordo com os dados do Conass, o número de mortos pela covid no país é de 53.830. Foram 1.185 óbitos confirmados de terça (23) para quarta-feira (24). A taxa de letalidade atual é de 4,5%.

Taxa de contágio volta a crescer

A taxa de contágio no Brasil havia vinha registrando desaceleração por três semanas seguidas, mas voltou a crescer. Isso quer dizer que o número de pessoas para as quais cada infectado passa a doença está maior, o que pode ser resultado direto do relaxamento nas medidas de isolamento social.

Segundo o Imperial College de Londres, o índice no Brasil é de 1,06. Esse cenário coloca o país na lista de nações em que a pandemia segue fora de controle. Atualmente, cada 100 contaminados transmitem para outras 106 pessoas. Relação que aumenta a cada grupo de infectados. 

O que é coronavírus?

É uma extensa família de vírus que podem causar doenças tanto em animais como em humanos. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), em humanos, os vários tipos de vírus podem causar infecções respiratórias que vão de resfriados comuns até a crises mais graves como as provocadas pela síndrome respiratória do Oriente Médio (MERS) e a síndrome respiratória aguda severa (SRAS). O coronavírus descoberto mais recentemente causa a doença covid-19. 

Como ajudar a quem precisa?

A campanha “Vamos precisar de todo mundo” é uma ação de solidariedade articulada pela Frente Brasil Popular e pela Frente Povo Sem Medo. A plataforma foi criada para ajudar pessoas impactadas pela pandemia da covid-19. De acordo com os organizadores, o objetivo é dar visibilidade e fortalecer as iniciativas populares de cooperação.

Como tirar dúvidas?

A Secretaria Estadual da Saúde recomenda à população e aos profissionais de saúde do RS que entrem em contato com a vigilância epidemiológica de seu município para esclarecimento de dúvidas. Nos horários que as repartições municipais não estiverem atendendo ao público, está disponível o telefone 150 - Disque Vigilância da SES. Questionamentos podem ser encaminhados também para o email [email protected].

A instituição avalia ainda que o número de casos em solo brasileiro pode ser três vezes maior que o registrado oficialmente. Há estimativa de que esse montante seja superior a 3 milhões de pessoas.

Edição: Marcelo Ferreira