Rio Grande do Sul

CORONAVÍRUS

Cartilha orienta profissionais do sexo durante a pandemia

Elaborada por pesquisadores da UFRGS, cartilha traz dicas sobre prevenção à covid-19 e alternativa de formas de trabalho

Brasil de Fato | Porto Alegre |
Material traz orientações sobre combate ao novo coronavírus e alternativas de formas de trabalho - Divulgação

Com objetivo de orientar sobre formas de prevenção ao novo coronavírus, uma equipe de pesquisadores integrantes do grupo de pesquisa em Saúde, Ambiente e Desenvolvimento (SAD) e do Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva da UFRGS (PPGCOL) elaborou uma cartilha com diversas recomendações aos profissionais do sexo. Além das já adotadas pela população em geral, como o uso de máscara e higienização, o material traz dicas específicas da profissão e traz formas alternativas de trabalho durante a pandemia.

Entre as recomendações da cartilha estão: tomar banho ao chegar no local do atendimento, depois de atender e novamente ao chegar em casa; deixar as janelas do ambiente abertas, fazendo com que o ar circule; usar máscara e luvas durante o programa, evitando contato com fluidos corporais, não encostar no rosto ou cabelos durante a relação sexual, somente após higienizar bem as mãos com água e sabão.

Feita com o apoio da Secretaria da Saúde do Estado do Rio Grande do Sul, o material ainda traz formas alternativas de trabalhar, como a orientação de que os profissionais ofereçam serviços na modalidade virtual, como striptease ou sexo virtual. Também trata da prevenção combinada à infecções sexualmente transmissíveis (IST), cuidados diários em relação ao coronavírus e acesso ao auxílio emergencial.

Coordenada pelo professor e pesquisador Matheus Neves, a cartilha teve a participação do médico veterinário e mestrando em Saúde Coletiva Guilherme Lamperti Thomazi e dos acadêmicos de Odontologia Gustavo Almansa Bernardo e Roberta Machado Silveira. Participaram também Bruno Silva Kauss, pesquisador da UFRGS, Iuday Gonçalves Motta da Secretaria Estadual de Saúde e profissionais do sexo do município de Porto Alegre.

De acordo com Neves, a ideia nasceu durante as ações de solidariedade empreendidas por vários professores, estudantes e técnicos administrativos da Universidade. Durante uma entrega de doações a uma ONG de apoio a transexuais e profissionais do sexo, atento à de vulnerabilidade social dessas pessoas, o professor identificou a necessidade de oferecer a elas informações úteis e confiáveis. 

A cartilha pode ser acessada aqui

Edição: Marcelo Ferreira