Rio Grande do Sul

PREFEITURA

Câmara dá mais um passo para afastar Marchezan Jr.

Prefeito de Porto Alegre sofre nova derrota no Legislativo com prosseguimento do processo de impeachment

Brasil de Fato | Porto Alegre |
A acusação é de uso indevido de verbas do Fundo Municipal de Saúde para pagamento de gastos com publicidade - Foto: Maia Rubim/Sul21

A Comissão Processante da Câmara de Vereadores votou hoje (28) para continuar o processo de impeachment de Nelson Marchezan Jr. É mais um passo para o afastamento do prefeito de Porto Alegre, eleito pelo PSDB. Dos três vereadores que integram a comissão, dois deles, o relator Alvoni Medina (Republicanos) e Hamilton Sossmeier (PTB), manifestaram-se pelo prosseguimento. O terceiro, Ramiro Rosário (PSDB), pediu vistas do processo mas não foi atendido.

É a segunda derrota do prefeito tucano neste mês. No dia 5 de agosto, a Câmara abriu o processo que pode levar ao seu impedimento. Foi uma decisão ainda mais impactante: 31 vereadores votaram pela abertura, enquanto apenas quatro foram contrários, o que demonstrou o derretimento da base parlamentar de Marchezan Jr., eleito com o apoio de uma coligação de partidos de direita.

A acusação que pesa contra o prefeito é de emprego irregular de R$ 2,4 milhões pertencentes ao Fundo Municipal de Saúde para pagamento de gastos com publicidade. No dia 5, além dos votos da oposição de esquerda (PT e PSOL), a iniciativa ganhou a adesão de legendas mais ao centro ou de centro-direita, casos do MDB e PDT, e de direita, entre as quais PP, DEM, PSD, Republicanos e Novo.

Na sequência do rito, o plenário da casa votará o relatório da Comissão Processante. Em caso de aprovação, haverá uma série de atos, diligências e audiências, quando as testemunhas serão ouvidas e Marchezan Jr. apresentará sua defesa. Se o prefeito for conduzido a um julgamento final, no mínimo 24 dos 36 vereadores terão de votar favoravelmente ao afastamento para que o titular seja removido do cargo.

Edição: Ayrton Centeno