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ELEIÇÕES

Em Curitiba, esquerda não alcança unidade e 4 partidos confirmam candidaturas

Partidos de esquerda e do campo progressista mantiveram suas candidaturas

Curitiba (PR) |
Candidatura de Goura (PDT) abriu oportunidade de uma frente progressista
Candidatura de Goura (PDT) abriu oportunidade de uma frente progressista - Joka Madruga

Com a retirada da candidatura do ex-prefeito Gustavo Fruet (PDT), no sábado (13), que contava com 12%  e o segundo lugar nas intenções de voto, para dar lugar a candidatura do atual deputado estadual Goura, com referência na juventude e na esquerda, abriu-se uma pequena chance de unificação da esquerda.  Mesmo com tempo escasso, em meio a convenções partidárias acontecendo, um forte debate foi colocado nas redes sociais e nos bastidores. Uma candidatura unificada era algo descartado até o momento no cenário curitibano. 

A Consulta Popular, por exemplo, organização que reúne militantes de movimentos populares, na segunda-feira pela manhã (14), publicou nota sobre a necessidade de unidade, para a qual o nome de Goura poderia aglutinar as demais organizações. “A aliança entre esses dois símbolos da velha política tem se consolidado como a grande ameaça conservadora com possibilidades de vitória, o que consolidaria a reeleição de Greca por mais quatro anos. Na extrema-direita, o bolsonarista Delegado Francischini (PSL) é a candidatura ainda mais anti-povo. A unidade das forças populares é um princípio fundamental, sempre submetido às condições históricas, mas, sem dúvida, neste momento essa questão se coloca acima da autoconstrução de nossas organizações”, provocou o documento. 

Entretanto, os partidos de esquerda na capital ao final mantiveram seus nomes pré-definidos. Além de Goura pelo PDT, o Psol segue com a candidatura da psicanalista Leticia Lanz, o PCdoB com a estudante Camila Lanes, e PT com o advogado Paulo Opuszka. Rede e PV também têm candidaturas confirmadas. Apesar da disposição geral anunciada pelas organizações, em conversas com lideranças de algumas organizações, fatores que pesaram, ao lado da falta de tempo hábil elencada por Goura em nota ontem (14), foi também a dificuldade de reverter as definições já tomadas devido às dinâmicas e divergências internas nas organizações. 

Mesmo com a pulverização de nomes, as organizações de esquerda apontam a crítica ao atual projeto de Rafael Greca, que aprofundou a desigualdade na capital.

Edição: Gabriel Carriconde