Paraná

Inflação

No Brasil, preço de alimentos estoura

Governo acabou com estoques reguladores e deixou dólar ir às alturas

Curitiba ( PR) |
Preço do arroz assusta consumidores - Giorgia Prates

Aumento de cerca de 20% no arroz. De 30% no feijão. De 40% na carne. Abobrinha, aumento de 46,8%, Cebola, de 50,4%. Esse é o resultado da pesquisa de inflação divulgada pelo IBGE em relação aos últimos 12 meses. O governo tenta justificar, dizendo que a população está “comendo” mais por conta dos auxílios emergenciais aprovados pelo Congresso e isso tem aumentado os preços.  
Porém, no caso do arroz, desde o governo Temer a Companhia Nacional de Abastecimento, Conab, vem reduzindo a compra do cereal.  

Segundo dados levantados pelo jornalista Luis Nassif, em 2015 os estoques médios mensais de arroz eram de 1.629 toneladas, no governo Dilma. Em 2016, ano do golpe, caíram para 88 toneladas. No governo Temer, a média mensal ficou em 30 toneladas mensais. Com Paulo Guedes, atual ministro da economia, foram 22 toneladas mensais. Quando tem qualquer problema no abastecimento, não há como usar esses estoques. 

Fica difícil também dizer que as pessoas estão comendo mais quando vem aumentando o desemprego. São cerca de 13 milhões de pessoas que não encontram trabalho no Brasil neste momento. Com mais 18 milhões desalentados, que nem saem mais para procurar. Além de 28 milhões de pessoas que estão tendo de se virar em trabalhos informais, segundo números da Pnad, também calculada pelo IBGE.   

 

Edição: Gabriel Carriconde