Rio Grande do Sul

Educação

Entidades se manifestam contra o retorno das aulas presenciais em Porto Alegre

Para educadores e técnicos da Smed, o retorno não é possível sem o total cumprimento das exigências de segurança e saúde

Brasil de Fato | Porto Alegre |
As aulas presenciais na capital começarão na próxima semana - Agência Preview

O Coletivo de Professoras e Professores de História da Rede Municipal de Ensino de Porto Alegre (CPHis), assim como os técnicos em nutrição da Secretaria Municipal de Educação (Smed) de Porto Alegre, lançaram nota, nesta semana, contra o retorno das aulas na Capital. Para as entidades, sem o total cumprimento das exigências de segurança e saúde não é possível realizar atividades presenciais. O retorno das aulas está marcado para segunda-feira (5), com a retomada da educação infantil, 3º ano do ensino médio, educação profissional e EJA. 

Na avaliação do CPHis, sem o cumprimento dos protocolos e normas que regulamentam o funcionamento do distanciamento social, sem as condições e exigências para a retomada das aulas presenciais e sem a constituição dos Comitês de Operações de Emergência - Educação (COE-E), em nível municipal e local, no âmbito das escolas, o retorno coloca em risco a vida de todas e todos. A nota da entidade também destaca que sem equipamentos, sem funcionários, sem treinamento, sem as condições sanitárias, sem uma vacina eficaz e segura contra a covid-19, não é possível haver um retorno seguro. 

"Diante do grave momento em que nos encontramos, marcado pela crise sanitária provocada pela Pandemia da COVID-19, pelo isolamento social necessário ao controle da dispersão e contágio do Coronavírus, e pelo estabelecimento unilateral de um calendário de retorno às aulas presenciais pela Secretaria Municipal de Educação, manifesta-se contra o retorno às aulas presenciais na Rede Municipal de Ensino de Porto Alegre", destaca a nota do CPHis.

Já o manifesto divulgado pelos técnicos em nutrição defende que, para o retorno das aulas presenciais ocorrer da melhor forma, é de suma importância a existência de protocolos que minimizem os riscos de contágio. O texto também frisa a necessidade da criação dos COE-E, para elaborar o plano de contingência e controle da covid-19 em todo o ambiente escolar, como rotas de fluxo, espaçamentos de sala de aula, corredores, áreas comuns, banheiros, pátio, cozinhas e refeitórios. Os técnicos reivindicam também a visita técnica do setor de nutrição (SMED) em cada unidade escolar, aplicando um checklist do protocolo, ou se assim entenderem, uma visita da vigilância sanitária municipal, para avaliação das condições higiênico-sanitárias atuais. 

"Acompanhamos a posição dos diretores e conselhos escolares em relação ao retorno às aulas presenciais. Acreditamos que o regresso deve ser seguro, garantindo a preservação da vida de todos envolvidos. Apoiamos a garantia dos direitos de alimentação escolar a todos os alunos e, em caráter excepcional, devido à suspensão das aulas presenciais, a distribuição de gêneros alimentícios às famílias dos alunos", traz a nota dos técnicos da Smed.

Veja aqui a nota completa do CPHis e dos técnicos em nutrição

Edição: Marcelo Ferreira