O projeto "ELO de ação: Fundo Emergencial" reuniu instituições de Porto Alegre para auxiliar populações afetadas pela pandemia da covid-19. A primeira fase da campanha aconteceu entre abril e junho de 2020, arrecadando R$ 31.864,00 através de doações de 263 pessoas. Com esses recursos foram distribuídas 360 cestas básicas, 670 máscaras e materiais para a manufatura de mais 800 máscaras reutilizáveis, além de roupas, livros e suprimentos, beneficiando também a economia local de cada região apoiada.
A articulação da campanha estabeleceu uma estratégia inovadora: a Escola Livre de Arquitetura transformou-se em uma “agregadora de redes”, unindo agentes ativos em comunidades, coletivos e movimentos populares nos diferentes territórios de Porto Alegre e região. Os resultados foram ações descentralizadas, abrangendo microrredes e atendendo às demandas específicas de cada uma das comunidades atendidas.
"Essa união e a capacidade de difusão da campanha foram maneiras encontradas para atingir um amplo e variado raio de solidariedade. Além disso, a descentralização da ação respeitou as conexões dos parceiros com os movimentos sociais e os territórios, demonstrando a potencialidade de uma ação coordenada, mas descentralizada", explica Luciana Marson Fonseca, cofundadora e diretora da Escola Livre de Arquitetura.
Nesta semana acontece o lançamento do e-book ELO de ação, que compartilha o processo e os resultados do projeto e promove o debate sobre os potenciais da articulação profissional de arquitetos e urbanistas para o combate às desigualdades socioespaciais. O livro digital pode ser acessado gratuitamente em bit.ly/ebookELO.
Na programação de lançamento, estão também dois encontros virtuais para debater a importância do fortalecimento das microeconomias, do protagonismo das comunidades e da multidisciplinaridade na criação de projetos junto à cidade. O webinário acontece nos dias 26 e 27 de outubro, às 19h, e as inscrições são gratuitas em bit.ly/webinarELO. A viabilização é do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Rio Grande do Sul (CAU/RS), através de edital de chamada pública.
Sobre o ELO de ação: Fundo Emergencial
Os agentes-parceiros que fizeram parte da primeira fase da campanha, liderados pela Escola Livre de Arquitetura, são Associação Cultural Vila Flores, Associação de Mães e Pais pela Democracia, Instituto Fidedigna, Práticas Urbanas Emergentes/UFRGS, TransLAB.URB, B2F Arquitetura, Cartografia da Hospitalidade, Latina Arquitetura, R.U.A.: Refletir Urbanidades na Ação, Rekombinando e Bronze.
Os recursos arrecadados beneficiaram as comunidades da Ilha da Pintada, através das entidades AAAPIP e UGAMA; o Assentamento e Cooperativa 20 de Novembro; a Casa de Passagem Carandirú, através do Fórum do Quarto Distrito; a Comunidade Povo sem Medo; algumas comunidades em Esteio, através da Casa da Cultura Hip Hop de Esteio; e os profissionais do Hospital Conceição.
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Edição: Marcelo Ferreira