Paraíba

SERVIÇO PÚBLICO

Ato contra a Reforma Administrativa acontece nesta quarta-feira em João Pessoa

Várias entidades denunciam os ataques que o serviço público vem sofrendo no Brasil

Brasil de Fato | João Pessoa - PB | |
Ato contra a Reforma Administrativa - Divulgação

Um ato público contra a Reforma Administrativa do governo Bolsonaro e em defesa do serviço público e das estatais acontece nesta quarta-feira (28), às 9h, no Ponto de Cem Réis, em João Pessoa.

O evento é organizado por várias entidades, movimentos e sindicatos, como Frente Povo Sem Medo, Frente Brasil Popular, ADUFPB, CUT-Paraíba, SINTAJ-PB, dentre outras organizações da classe trabalhadora.

Em Carta Aberta à População Paraibana, as entidades denunciam a proposta de Reforma Administrativa apresentada no mês de setembro, os processos de privatizações de várias empresas públicas, o Plano Mais Brasil e os vários ataques que os serviços públicos vêm sofrendo desde a PEC 95/2106, ressaltando que “querem diminuir o tamanho do serviço público no Brasil, com isso reduzir o dinheiro empregado na educação, saúde, segurança entre outras obrigações dos governos para investir no sistema financeiro nacional e internacional”.

Confira a Carta Aberta:


Carta organizada por várias organizações da classe trabalhadora / Divulgação

CARTA ABERTA À POPULAÇÃO PARAIBANA

             A proposta de Reforma Administrativa foi apresentada no mês de setembro pelo Governo Federal. A essa, soma-se os processos de privatização das empresas públicas que sempre deram lucros ao Estado Brasileiro (Correios, Petrobras, Eletrobrás) e, os projetos do Plano Mais Brasil (PEC 186, 187 e 188) que, mesmo antes da pandemia, já previam a redução de até 25% dos salários e jornada dos servidores. Antes disso, porém, já está em vigência os efeitos da Emenda Constitucional n. 95/2016, que congela o orçamento dos serviços públicos até 2036.

              A aprovação da Reforma Administrativa, na forma como se encontra, trará graves prejuízos ao serviço público, enquanto instituição, e aos servidores públicos das três esferas de atuação (federal, estadual e municipais). Apenas a elite do serviço público nacional ficará de fora desses efeitos, leia-se: os magistrados, os membros do ministério público, os militares e os parlamentares, de todas as esferas. Justamente esses que percebem os maiores salários e outros privilégios.

            Para evitar o fim do serviço público nacional, a dos servidores que prestam tão importante serviço a população, principalmente, os segmentos mais carentes, faz-se necessário que a sociedade brasileira se organize e resista. Precisamos garantir que a qualidade do serviço público prestado em nosso país seja mais eficiente e abrangente, não o contrário.

            Sejamos vigilantes e desconfiados de toda e qualquer propaganda oficial ou oficiosa que a base de informações falsas sustente que a Reforma Administrativa é benéfica para a sociedade. Não se deixe enganar. Querem diminuir o tamanho do serviço público no Brasil, com isso reduzir o dinheiro empregado na educação, saúde, segurança entre outras obrigações dos governos para investir no sistema financeiro nacional e internacional. Pobre, não investe. Apenas os milionários. Portanto: Contra os privilégios! Em defesa do serviço público de qualidade e que atenda a todos!

           

NÃO À REFORMA ADMINISTRATIVA DO GOVERNO BOLSONARO.

Edição: Cida Alves