Rio Grande do Sul

Coluna

Lomba do Pinheiro sofre com o desmonte do transporte público

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Comunidade Santa Helena, na Lomba do Pinheiro, realizou protesto contra corte em linha de ônibus - Maister F. da Silva
Marchezan é conivente para diminuir a mobilidade dos pobres pela cidade

Já virou rotina a comunidade da Lomba do Pinheiro enfrentar a perda de direitos nos últimos anos e o transporte público tem sido um dos alvos principais. Diminuição e retirada de linhas, ônibus superlotados e degradados com anos de uso e sem substituições, falta de fiscalização e “vista grossa” da prefeitura contribuem para a crescente precarização do setor. Apesar de aqui tratarmos sobre o tema específico do transporte, esse não é o único serviço que deixa a desejar na comunidade.

O verão recém iniciou e junto iniciaram as faltas de água, a saúde pública terceirizada violando princípios básicos do SUS. O desemprego é uma realidade desconcertante para a maioria das famílias. É raro encontrar uma família na comunidade que não tenha ao menos um membro nessa situação, há famílias inteiras em situação de desemprego.

Voltemos ao transporte!

A comunidade Santa Helena, uma das tantas comunidades que compõem a Grande Lomba do Pinheiro, critica que numa decisão autocrática e autoritária a empresa Sudeste Transportes Coletivos sem discutir com a comunidade decidiu alterar o itinerário da linha Bonsucesso 3974, que atendeu a comunidade por mais de 20 anos. Fim da tarde de ontem moradores mobilizaram-se e manifestaram-se contra a decisão da empresa e cobrando da prefeitura maior compromisso, fiscalização séria, transparência e diálogo. As comunidades Herdeiros e Quinta do Portal já enfrentaram situação semelhante.

As ações de Marchezan e sua administração desde 2016 levam a crer que tem agido conforme o andamento da economia ditada pelas políticas equivocadas de Michel Temer e Jair Bolsonaro, ou seja, ao invés de agir e buscar uma política alternativa para a cidade que amenize o sofrimento das famílias porto-alegrenses o prefeito prefere escondê-las.

Todas as comunidades periféricas enfrentam problemas com a baixa qualidade e o desmonte do transporte público. Após as 19 horas os ônibus estão tornando-se cada vez mais raros, dificultando as condições de deslocamento dos trabalhadores da comunidade. Marchezan é conivente com a diminuição das linhas de ônibus para diminuir a mobilidade dos pobres pela cidade.


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Edição: Marcelo Ferreira