Rio Grande do Sul

Eleições 2020

Manifesto de ambientalistas chama atenção para importância da pauta do meio ambiente

Documento afirma que Porto Alegre pode iniciar um novo ciclo e retomar a posição de referência no tema

Brasil de Fato | Porto Alegre |
Ambientalistas pautam que é preciso travar uma luta rotineira em defesa da construção sustentável do município - Reprodução

O primeiro turno das eleições municipais irá ocorrer no próximo domingo (15) e, no município de Porto Alegre, quatro candidatos do campo progressista concorrem à eleição para a prefeitura da Capital gaúcha. São eles: Manuela D’Ávila (PCdoB), Juliana Brizola (PDT), Julio Flores (PSTU) e Fernanda Melchionna (PSOL). Quais são as propostas de cada candidato para o meio ambiente? 

O Manifesto de Ambientalistas, divulgado no início do mês, declara apoio à candidata do PCdoB, ao pontuar que “a candidatura que realmente firma um claro compromisso público com a luta ambiental é a de Manuela D’Ávila”. O Manifesto afirma que Porto Alegre pode iniciar um novo ciclo e retomar a posição de referência no quesito preservação ambiental, democracia, arborização e qualidade de vida. 

Contudo, no atual período, os ambientalistas pautam que é preciso travar uma luta rotineira em defesa da construção sustentável do município. “A Capital do Rio Grande do Sul, que já foi exemplo de áreas verdes, cultura, educação cidadã e gestão pública eficiente, com participação e controle popular, está em visível degradação”, cita o manifesto. Porém, ao mesmo tempo em que afirmam que uma real mudança pode vir a partir do voto, os ambientalistas frisam que a candidatura que realmente assume um compromisso com o tema ambiental é a de Manuela D’ávila e Miguel Rossetto.

No Plano de Governo de Manuela D’Avila consta que sua gestão irá fazer de Porto Alegre a Capital da Sustentabilidade, “a Capital Verde, que cuida de suas águas”. Uma cidade orientada pelos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da ONU, é a proposta de Manuela, que inclui: Abastecimento de água, Retomada da despoluição do Guaíba, Despoluição do Arroio Dilúvio e Projeto de Drenagem Urbana. 

Outras propostas voltadas ao meio ambiente da candidata são: Programa Cidade Verde, que prevê a ampliação e um maior cuidado com as áreas verdes, como parques e unidades de conservação, a retomada da Rede de Monitoramento da Qualidade do Ar na cidade, a retomada do Plano Diretor de Arborização Urbana e a construção de um programa de plantio de árvores, em parceria com instituições ambientais e organizações da sociedade civil, com o objetivo de reconquistar o posto de Capital mais arborizada do país.

Já a candidata do PDT, Juliana Brizola, destaca melhorias no sistema de saneamento básico, ao pautar o tema da qualificação do tratamento de água e de esgoto. Para lidar com os alagamentos, Juliana propõe, entre outras ações, a consolidação da Diretoria Especial de Águas Pluviais, com o intuito de implementar o Plano Diretor de Drenagem e Manejo de Águas Pluviais no município.  Entre as ações que envolvem o descarte adequado de resíduos, a candidata pauta a conscientização constante da população sobre a forma adequada de descarte, aumento da área para depósito de resíduos vegetais e o combate dos focos de descarte irregular de lixo.

A candidata do PSOL, Fernanda Melchionna, entre as propostas do campo ambiental, destaca: incentivo a formação de cinturões agroecológicos em torno da cidade, como sistemas agroflorestais, agricultura sintrópica ou biodinâmica, permacultura e Agroecologia. Algo que, segundo a proposta, irá facilitar o acesso da população aos alimentos produzidos no município e irá fomentar técnicas agrícolas mais saudáveis e sustentáveis do ponto de vista ambiental. Outro destaque da candidata é a promoção de políticas voltadas aos agricultores de Porto Alegre, “que facilitem o licenciamento, o transporte e a comercialização da produção agrícola do município”. 

Melchionna também pretende, entre suas ações, elaborar um plano de emergência contra desastres climáticos e retomar o sistema de monitoramento da qualidade do ar na cidade. Além disso, pretende estimular o uso de combustíveis que emitem graduações menores de poluentes, implantar um sistema de geoprocessamento que permita a captação de dados e uma gestão mais eficiente dos processos de planejamento urbano e licenciamento ambiental e, também, elaborar um programa de compostagem doméstica na cidade, com a intenção de minimizar a quantidade de resíduos enviados aos aterros, que deve contemplar, inclusive, os resíduos de podas e limpezas urbanas. 

O candidato Júlio Flores não apresentou propostas voltadas para a área ambiental.


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Edição: Katia Marko