Rio Grande do Sul

Diálogo Virtual

UFRGS promove bate papo sobre a arte e a ciência como formas de combater o racismo

Para marcar o Dia da Consciência Negra, universidade transmitirá diálogo entre Jeferson Tenório e Alan Brito

Brasil de Fato | Porto Alegre |
Alan Brito (à esquerda) e Jeferson Tenório (à direita) participam de bate papo, nesta sexta-feira (20), a partir das 16h - Carlos Macedo /Divulgação

No Dia da Consciência Negra, a Universidade Federal do Rio Grande do Sul divulga, nesta sexta-feira (20), às 16h, o diálogo entre os professores Jeferson Tenório e Alan Brito sobre a arte e a ciência como formas de combater o racismo. Com mediação do jornalista André Grassi, da Rádio da Universidade, o diálogo gravado será disponibilizado nos canais da UFRGS TV (Youtube e Facebook). 

Graduado e mestre pela UFRGS, Tenório é doutorando pelo Programa de Pós-Graduação em Letras da PUCRS. Lançou, neste ano, o romance "O avesso da pele" (Companhia das Letras), seu terceiro livro, que aborda questões de identidade e as complexas relações raciais do Brasil. A obra toca em temas como violência e negritude. Além de exercer sua premiada atividade como escritor, Tenório atua como professor de Língua Portuguesa e Literatura na rede pública de ensino de Porto Alegre.

Alan Brito, doutor em Ciências (Astrofísica Estelar) pela USP, é diretor do Observatório Astronômico da UFRGS e coordenador do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros, Indígenas e Africanos (Neab) da Universidade. Lançou, em 2019, o livro "Astrofísica para a educação básica: a origem dos elementos químicos no Universo", escrito em parceria com a professora Neusa Teresinha Massoni. Por essa obra, entrou na lista dos finalistas do Jabuti na categoria "Ciências". Integra, também, os Grupos de Trabalho para Questões de Gênero e Equidade Racial da Sociedade Brasileira de Física.

No bate-papo, Jeferson Tenório comentou considerar que os protestos e a aprovação de leis têm mais resultados práticos contra o racismo que a literatura e a arte. No entanto, segundo ele, estas últimas desempenham importante papel sensibilizador, podendo operar fortemente no campo da subjetividade. Alan Brito destacou a necessidade de se valorizar diferentes cosmologias na educação, ou seja, representações de mundo e de universo diversas, e não apenas eurocêntricas. Os dois autores lembraram o uso da ciência, a partir do século XIX, como forma de dominação, através de teorias pseudocientíficas que buscavam legitimar o racismo, as quais inclusive são referenciadas ainda hoje pela sociedade. Eles também ressaltaram a importância da imaginação, tanto na arte como na ciência, como recurso que permite lutar contra a opressão e contra a discriminação.

A atividade integra a programação do aniversário de 86 anos da UFRGS. O vídeo ficará disponível nas redes da UFRGS TV após a estreia. 

*Com informações de UFRGS Notícias


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Edição: Marcelo Ferreira