Rio Grande do Sul

Pandemia em números

RS fecha a semana com mais de 523 mil pessoas infectadas com o coronavírus

Nas últimas 24 horas, o estado registrou 45 óbitos, elevando para 10.241 vítimas fatais por conta da covid-19

Brasil de Fato | Porto Alegre |
Mapa preliminar aponta 17 regiões com bandeira vermelha - Divulgação SES SEPLAG

O Rio Grande do Sul registrou 45 óbitos nas últimas 24 horas pela covid-19, conforme boletim da Secretaria Estadual da Saúde (SES) divulgado nesta sexta-feira (22). Com isso, já são 10.241 vidas perdidas no território gaúcho desde o início da pandemia. O estado também registra 523.367 infectados pela doença, com a confirmação de 3.119 novos casos pela SES. Dos confirmados, 496.949 (95%) são considerados recuperados.

Porto Alegre é novamente a cidade com maior registro de óbitos (11), seguida por Novo Hamburgo e Alvorada com 3 registros de óbitos cada. Caxias do Sul, Santa Maria, Viamão e Uruguaiana tiveram 2 óbitos cada. Nenhuma outra cidade teve registro de mais de uma vítima fatal. Dos 497 municípios gaúchos, apenas 72 não têm vítimas fatais. 

Taxa de ocupação dos leitos em UTI

Às 18h desta sexta-feira, a taxa de ocupação de leitos em UTI, em todo o estado, estava em 75,3%, sendo 2.003 pacientes em 2.660 leitos de UTIs. Entre os internados, 814 (40,6%) têm covid-19 confirmada e 163 com suspeita da doença.

Em Porto Alegre, a taxa de ocupação das UTIs fechou o dia em 84,28%. Os hospitais Moinhos de Vento e Restinga registraram lotação máxima. Entre os 670 pacientes internados, 266 têm covid-19 confirmada, 27 têm suspeita da doença e 9 estão na emergência aguardando UTI.

Vacinação 

De acordo com o governo do estado, o Rio Grande do Sul já teve o registro de 44 mil pessoas que receberam a primeira dose da vacina contra a covid-19. O dado consta no painel disponibilizado a partir desta sexta-feira (22) pela SES, através do site vacina.saude.rs.gov.br

Em nota técnica, a Secretaria Estadual da Saúde (SES) recomenda a aplicação da segunda dose da vacina contra o coronavírus depois de 28 dias da primeira aplicação. De acordo com a pasta o esquema vacinal com duas doses da CoronaVac é necessário para obter a resposta imune esperada para a prevenção contra a covid-19. 

Neste momento, o público a ser vacinado são profissionais de saúde da linha de frente em hospitais, Atenção Básica e rede de urgência e emergência, pessoas acima de 60 anos que vivem em Instituições de Longa Permanência de Idosos (ILPI) e populações indígenas aldeadas. A nota técnica ainda prevê que, desde que apresentem prescrição médica, mulheres gestantes, puérperas e lactantes podem ser vacinadas com a CoronaVac.

Na última segunda-feira (18), o governo do estado recebeu um lote de 341,8 mil unidades da vacina CoronaVac, fabricadas pelo laboratório Sinovac em parceria com o Instituto Butantan e distribuídas pelo Ministério da Saúde. Inicialmente, o governo estadual distribuiu 170,8 mil doses, aproximadamente a metade do recebido, para as 18 coordenadorias regionais de saúde. A outra metade ficou retida para a aplicação da segunda dose da vacina, ainda sem data definida para o envio.

Campanha do Simpa exige vacinação imediata

Com o slogan "Vacina já - senão o bicho vai pegar”, a campanha do Simpa chama atenção para a urgência da imunização em Porto Alegre, considerando a altíssima quantidade de óbitos decorrentes da covid-19 e o grau de contaminação pelo coronavírus. O objetivo é pressionar o prefeito Sebastião Melo a agilizar o processo de vacinação. A campanha está nas ruas (outdoors) e nas redes sociais, além do abaixo-assinado on-line. Até o momento, das 51 mil doses recebidas, a capital gaúcha imunizou 13.023, 12,87% da população alvo. 

Mapa Preliminar traz 17 regiões em vermelho e quatro em laranja

O mapa preliminar da 38ª semana do Distanciamento Controlado, divulgado nesta sexta-feira (22), traz 17 regiões com alto risco de contágio e quatro com risco médio. Segundo o Executivo estadual, o resultado reflete a alteração de indicadores monitorados pelo sistema estadual de enfrentamento à pandemia, com leve queda de internações e óbitos pela covid-19.

Contudo, o governo ressalva que a grande maioria das regiões segue em bandeira vermelha, ou seja, com risco alto para esgotamento da capacidade hospitalar e velocidade de propagação do vírus no estado. As 17 regiões em vermelho somam 78,4% da população gaúcha, enquanto no mapa anterior eram 86% dos habitantes nas 19 regiões.

A secretária da Saúde, Arita Bergmann, reforça que mesmo com o o início do plano de vacinação, a pandemia não acabou, e o mapa preliminar continua refletindo a gravidade da situação do Rio Grande do Sul. “A vacina chegou, mas a quantidade ainda é pequena diante da população que deverá ser vacinada. Portanto, mais uma vez, salientamos a importância do cuidado individual, com o próximo, do uso dos equipamentos de proteção, especialmente a máscara, de lavar as mãos com frequência, usar álcool em gel e ter cuidados básicos. O mapa de hoje revela justamente que a maioria das regiões está em risco alto. Toda a população deve continuar em estado de alerta porque o vírus segue circulando”, afirma Arita.

Confira aqui a classificação prévia da 38ª rodada.

Pelo quarto dia consecutivo país registra mais de mil óbitos

O Conselho Nacional de Secretarias de Saúde (Conass) registrou, em boletim publicado hoje (22), 1.096 óbitos e 56.552 infectados em todo o país. Com isso, o Brasil já soma 215.243 mortes e 8.753.920 contaminados pelo novo coronavírus. 

O que é coronavírus?

É uma extensa família de vírus que podem causar doenças tanto em animais como em humanos. De acordo com a  OMS, em humanos, os vários tipos de vírus podem causar infecções respiratórias que vão de resfriados comuns até a crises mais graves como as provocadas pela síndrome respiratória do Oriente Médio (MERS) e a síndrome respiratória aguda severa (SRAS). O coronavírus descoberto mais recentemente causa a doença covid-19.  

Como ajudar a quem precisa?

A campanha “Vamos precisar de todo mundo” é uma ação de solidariedade articulada pela Frente Brasil Popular e pela Frente Povo Sem Medo. A plataforma foi criada para ajudar pessoas impactadas pela pandemia da covid-19. De acordo com os organizadores, o objetivo é dar visibilidade e fortalecer as iniciativas populares de cooperação.  

Como tirar dúvidas?

A Secretaria Estadual da Saúde recomenda à população e aos profissionais de saúde do RS que entrem em contato com a vigilância epidemiológica de seu município para esclarecimento de dúvidas. Nos horários que as repartições municipais não estiverem atendendo ao público, está disponível o telefone 150 - Disque Vigilância da SES. Questionamentos podem ser encaminhados também para o email [email protected]


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Edição: Katia Marko