Rio Grande do Sul

Pandemia em números

RS inicia a semana com mais de 528 mil infectados e 10.360 vítimas fatais 

Nas últimas 24 horas o estado registrou 975 novos casos de pessoas infectadas e 49 óbitos 

Brasil de Fato | Porto Alegre |
78,4% do estado está em alerta para risco epidemiológico alto em relação ao novo coronavírus - Divulgação SES SEPLAG

O Rio Grande do Sul registrou 49 óbitos nas últimas 24 horas pela covid-19, conforme boletim da Secretaria Estadual da Saúde (SES) divulgado nesta segunda-feira (25). Com isso, já são 10.360 vidas perdidas no território gaúcho desde o início da pandemia. O estado também registra 528.950 infectados pela doença, com a confirmação de 975 novos casos pela SES. Dos confirmados, 504.476 (95%) são considerados recuperados.

As vítimas fatais foram registrados nas cidades de Porto Alegre e Viamão, com 3 óbitos cada, seguida por Passo Fundo, Santa Maria, Pelotas, Rio Grande, Esteio, Ijuí e Cachoeira do Sul, com 2 óbitos. Nenhuma outra cidade teve registro de mais de uma vítima fatal. Dos 497 municípios gaúchos, apenas 72 não têm registro de vítimas fatais.

Às 18h desta segunda (25), a ocupação em todo o estado estava em 73,8%, sendo 1.962 pacientes em 2.660 leitos de UTI. Entre os internados, 792 (40,4%) têm covid-19 confirmada e 143 têm suspeita da doença.

Em Porto Alegre a taxa de ocupação está em 82,94%. Apenas o Hospital Moinhos de Vento está com lotação máxima. Entre os 661 pacientes internados na cidade, 262 têm covid-19 confirmada, 21 têm suspeita da doença e 6 estão na emergência aguardando UTI.

O RS receberá nesta semana 50 pacientes clínicos vindos de Porto Velho, capital de Rondônia. Eles chegam ao estado na terça-feira (26) e serão enviados a hospitais de Porto Alegre e de Canoas. Dos 50 pacientes, 20 serão enviados para o Hospital Universitário de Canoas. Os outros 30 ficarão em Porto Alegre – 10 no Grupo Hospitalar Conceição, 10 no Hospital de Clínicas e 10 no Hospital Vila Nova.

“São pacientes clínicos que precisam de oxigênio e de outras demandas. O governo de Rondônia quer se precaver e evitar que esses pacientes acabem na UTI, porque o estado vive uma situação de pré-colapso. Se forem para UTI, é possível que não recebam atendimento adequado”, explicou o diretor do Departamento de Regulação Estadual, Eduardo Elsade.

Perfil dos infectados

Dos casos confirmados da doença no estado, 53% são mulheres (282.587) e 47% (246.363) homens. A maioria dos casos compreende pessoas de 30 a 39 anos (119.066 casos). Já em relação à raça, a predominância é de pessoas declaradas brancas, com 403.672, seguido de não informados (77.338), pretos (21.499), pardos (19.217), amarelos (5.697) e indígenas (1.527).

No estado, 24.407 profissionais da saúde foram diagnosticados com a doença, assim como 11.544  imigrantes e 1.027 pessoas privadas de liberdade.

Vacinação 

Com a chegada das doses da vacina Oxford/AstraZeneca e o novo lote da CoronoVac, o RS  registra 511,2 mil doses de vacinas recebidas contra a covid-19 até o momento. Até este domingo (24), dados enviados pelos municípios já registram 76 mil doses aplicadas, sendo mais de 53 mil trabalhadores da saúde, 19 mil idosos residentes de ILPI, 2 mil indígenas e 622 pessoas com deficiência. 

Na capital gaúcha as populações indígenas e quilombolas começarão a receber a primeira dose da CoronaVac, a partir desta segunda-feira (25), e seguirá até sexta-feira (29). A previsão é de que 1,5 mil pessoas sejam imunizadas, das quais mil quilombolas e 500 indígenas. 

Segundo o Executivo municipal, a imunização em aldeias e quilombos segue um plano que respeita as especificidades dessas populações. Em função disso, não será permitido acesso da imprensa. Porto Alegre possui dez aldeias e sete comunidades indígenas pertencentes às etnias Kaingang, Mbya Guarani e Charrua e sete comunidades quilombolas. 

De acordo com o painel de monitoramento, o vacinômetro, até o momento foram vacinados 20.206 porto-alegrenses, 19,97% do público-alvo. 

Mapa definitivo confirma 17 regiões em vermelho e quatro em laranja

O Gabinete de Crise indeferiu, na manhã desta segunda-feira, os três pedidos de reconsideração à classificação preliminar, ficando o mapa definitivo da 38ª rodada do Distanciamento Controlado com 17 bandeiras vermelhas e quatro laranjas.

No mapa atual, 408 municípios (do total de 497) estão classificados em bandeira vermelha, somando 8,9 milhões de habitantes, o que corresponde a 78,4% da população gaúcha (total de 11,3 milhões de habitantes).

Desses, 149 municípios (650,5 mil habitantes, 5,7% da população gaúcha) podem adotar protocolos de bandeira laranja, porque cumprem os critérios da Regra 0-0, ou seja, não têm registro de óbito ou hospitalização de moradores nos últimos 14 dias, desde que a prefeitura crie um regulamento local.

O governo do estado salienta que, mesmo com o início da vacinação no Rio Grande do Sul, é importante manter o alerta para que toda a população siga mantendo os cuidados, com higienização constante, uso de máscara e evitar aglomerações, para conter a propagação do vírus até que uma parcela significativa de pessoas esteja imunizada.

“A pandemia ainda não acabou. Por isso, seguiremos cumprindo com o nosso papel de emitir os alertas para preservarmos vidas mantendo a maior parte das atividades econômicas funcionando”, afirmou o vice-governador Ranolfo Vieira Júnior, que estava como governador em exercício quando coordenou o Gabinete de Crise no início da manhã desta segunda (25).

Confira aqui o mapa completo da 38ª rodada.

País registra mais de 217 mil vítimas fatais 

O Conselho Nacional de Secretarias de Saúde (Conass) registrou, em boletim publicado hoje (25), mais 627 óbitos e 26.816 infectados em todo o país. Com isso, o Brasil já soma 217.664 mortes e 8.871.393 contaminados pelo novo coronavírus.

O que é coronavírus?

É uma extensa família de vírus que podem causar doenças tanto em animais como em humanos. De acordo com a  OMS, em humanos, os vários tipos de vírus podem causar infecções respiratórias que vão de resfriados comuns até a crises mais graves como as provocadas pela síndrome respiratória do Oriente Médio (MERS) e a síndrome respiratória aguda severa (SRAS). O coronavírus descoberto mais recentemente causa a doença covid-19.  

Como ajudar a quem precisa?

A campanha “Vamos precisar de todo mundo” é uma ação de solidariedade articulada pela Frente Brasil Popular e pela Frente Povo Sem Medo. A plataforma foi criada para ajudar pessoas impactadas pela pandemia da covid-19. De acordo com os organizadores, o objetivo é dar visibilidade e fortalecer as iniciativas populares de cooperação.  

Como tirar dúvidas?

A Secretaria Estadual da Saúde recomenda à população e aos profissionais de saúde do RS que entrem em contato com a vigilância epidemiológica de seu município para esclarecimento de dúvidas. Nos horários que as repartições municipais não estiverem atendendo ao público, está disponível o telefone 150 - Disque Vigilância da SES. Questionamentos podem ser encaminhados também para o email [email protected].


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Edição: Katia Marko