Rio Grande do Sul

Reportagem

Lila Ripoll, uma poeta comunista invisibilizada

Lila atuou fortemente no campo cultural do então movimento do operariado do Rio Grande do Sul

Nonada |
Nos anos 1940, a poeta foi saudada pela crítica como a escritora mais representativa de sua geração no Rio Grande do Sul - Delfos / Espaço de Documentação e Memória Cultural

“Divido-me entre sonho e realidade/ 

Penso e sofro/

Caminho e amadureço”

Os versos acima, escolhidos pela própria Lila Ripoll para a lápide de seu túmulo, fornecem pistas para descobrirmos o seu legado na poesia e em seu engajamento político. Versátil, além da literatura, ela atuou também na música, no magistério, no jornalismo, na política e no teatro, o que originou efeitos significativos no cenário cultural do sul do Brasil na época, ganhando reconhecimentos importantes como os prêmios Olavo Bilac da Academia Brasileira de Letras pela obra Céu vazio, em 1941 e o prêmio Pablo Neruda pela obra Novos Poemas, em 1951.

Nascida em 12 de agosto de 1905, em Quaraí/RS, Lila Ripoll deixou a sua cidade natal em 1927 para estudar piano em Porto Alegre, formando-se no Conservatório de Música, no Instituto de Artes da Ufrgs. Em 1930, ingressou no m"agistério estadual e lecionou Canto Orfeônico no Grupo Escolar Venezuela. Nessa época, aproximou-se do grupo de escritores gaúchos que ficou conhecido como a Geração de 30, que contava com a participação de Dyonélio Machado, Carlos Reverbel e Cyro Martins, entre outros.

É em 1934 que uma grande tragédia acontece em sua vida e que influencia também sua escrita: a morte de seu primo e irmão de criação, Waldemar Ripoll. Até hoje, as motivações do assassinato não são claras. Para alguns biógrafos, foi a partir disso que ela se aproximou ainda mais das causas revolucionárias, como forma de protesto pela morte do parente que era envolvido em movimentos políticos. A autora participou da Aliança Nacional Libertadora, em 1935, e como admiradora de Prestes, intensificou sua atuação junto à Frente Intelectual do Partido Comunista (PC), que reunia, então, renomados escritores sul-rio-grandenses, seguidores do ideário marxista, como Machado.


Da esquerda para a direita: Justino Martins, Manoelito de Ornellas , Lila Ripoll e Erico Verissimo / Delfos / Espaço de Documentação e Memória Cultural


Todos esses acontecimentos se refletem em sua poesia. Para a jornalista, pesquisadora e doutora na área da Literatura Luciana Balbueno, que está preparando uma biografia de Lila Ripoll a ser lançada em 2021, sua poesia respira realidade. “Ela fez parte de uma sociedade que no início do século XX vivia entre o conservadorismo do latifúndio rural e o ímpeto modernizante da industrialização e nunca deixou de escrever e publicar, ora entregue aos ideais do Partido Comunista, ora inclinada para o lirismo intimista”. 

Segundo a professora do Programa de Pós Graduação em Letras da Ufrgs Maria da Glória Bordini, os temas mais trabalhados pela lírica de Lila no início eram a solidão, a fugacidade do tempo e a morte. “O desejo de partir, a instabilidade das coisas, a impossibilidade de encontrar o amor, o anseio de voltar à infância, a saudade dos entes queridos que se foram, um Deus inescrutável, mas à medida que seu engajamento se desenvolve, levam a novos temas. Indo ao encontro do outro, surge a denúncia dos descaminhos sociais, a necessidade de transformação do futuro, o louvor aos heróis operários, ao Partido Comunista, os sonhos de justiça e igualdade”, diz. 

Nos anos 1940, a poeta foi saudada pela crítica como a escritora mais representativa de sua geração no Rio Grande do Sul. Entretanto, por suas atividades políticas no Partido Comunista, foi marginalizada até os anos 1980, quando os estudos literários em pesquisas acadêmicas e a redemocratização política do País permitiram que a sua obra poética e sua trajetória intelectual passasse a ser reavaliada. Para Bordini, sua coerência política e seu ardor por justiça servem mais do que nunca de exemplo às novas gerações de mulheres que se dedicam à poesia e que talvez nem a conheçam.

Em 1964, já com câncer, Lila foi detida por um breve período para interrogatório pela ditadura militar devido às suas atividades políticas. Na época preparava seu último livro, Águas móveis, que permaneceria inédito até 1967. Seus últimos dias de vida foram em fevereiro do mesmo ano, no Hospital Ernesto Dornelles, cercada por amigos e admiradores. 

Resgatando uma obra marginalizada


Revista do Globo, para autografar exemplares de Céu Vazio, no ano de 1941 / ALRS

Em 1998, a Obra Completa da autora foi publicada,pelo Instituto Estadual do Livro e coordenado pela professora Alice Campos Moreira. Só existe essa edição de sua poesia completa, e, conforme a Instituição, não há planos no momento para uma republicação. Na época, a pesquisadora Luciana Balbueno, que também trabalhou no projeto, viajou para a cidade natal da poeta, Quaraí, para tentar recuperar documentos e depoimentos sobre a autora. Lá, ela visitou alguns locais e paisagens importantes para a obra de Lila, também conversando com seus contemporâneos e parentes. “Pelas entrevistas que realizei ficou claro que ainda existia o preconceito em torno da ‘escritora comunista’. Não encontrei na cidade nenhum exemplar de sua obra na casa de parentes ou conhecidos. Muitos alegaram que por medo de perseguição política se desfizeram dos exemplares ou então que foram carregados pelas frequentes enchentes da região”, diz. Sabe-se também que a sua biblioteca pessoal foi perdida. 

Atualmente, o Delfos – Espaço de Documentação e Memória Cultural, da Pucrs, contém o acerva da poeta. Maria da Glória Bordini, que também foi uma das organizadoras juntamente com Luciana, diz que a coleta inicial foi muito difícil, porque os vestígios de sua vida e obra haviam sido dispersos, dada a perseguição que sofrera. “Seus colegas haviam dividido seus trabalhos entre si e não confiavam em ninguém. Fomos vencendo aos poucos as resistências e conseguimos alguns resultados”, explica. Desse modo, Bordini diz que Lila detinha o respeito de todos os seus pares da época, mesmo aqueles que não compartilhavam seu ativismo político. Luciana concorda que ela foi muito valorizada. “O que ela conquistou foi pela qualidade de sua obra e pelo convívio com artistas progressistas da época. Ela sem dúvida foi uma das mais importantes poetas, intelectuais e militantes”, acredita. 

Para a professora da Universidade de Caxias do Sul e pesquisadora Maria Cristina Müller da Silva, embora Lila tenha sido reconhecida em seu meio, a sua obra é pouco abordada se considerada a sua importância. “Percebo que tanto na universidade quanto na escola, infelizmente ela ainda é pouco (re)conhecida, mas vejo que isso é recorrente na literatura, pois se costuma valorizar, estudar e citar raros(as) autores(as) que não pertencem ao cânone literário, apesar de todos os avanços em meio aos estudos culturais de gênero”, pondera. 

O pesquisador do Museu da Comunicação Hipólito José da Costa Carlos da Costa Leite diz que percebe um aumento em relação a temáticas que, ao longo dos anos, foram ignoradas e invisibilizadas pela historiografia oficial. “O revisionismo histórico, por meio de pesquisas abalizadas, é fundamental, principalmente quando desconstrói inverdades, trazendo novos dados sobre determinado tema”, diz. 

Já o sobrinho-neto de Lila Ripoll, o jornalista aposentado Lairton Ripoll, conta com orgulho que foi introduzido na vida política pela poeta. “Ela foi uma verdadeira vanguardista na cultura do Rio Grande do Sul, havia poucas mulheres na poesia na sua época. Além disso, também soube unir a poesia com um lirismo aprofundado a uma contemporaneidade, com as poesias sociais e a sua luta política”, diz.

Ele conta que até hoje recebe algumas solicitações de entrevistas para saber mais sobre a poeta e seus aspectos culturais. Ressalta, entretanto, que em seu município natal ela poderia ser mais lembrada. “Gostaria que Quaraí fizesse algo mais prático, mais objetivo em nome de Lila Ripoll, ela elevou o nome da cidade”, diz. Ele foi um dos responsáveis também por organizar o Prêmio Lila Ripoll de Poesia, que começou no ano de 2005, na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, na época também para celebrar o centenário de nascimento da poeta. Com edições anuais e sucessivas a partir de 2007, constantemente o prêmio visa incentivar e valorizar novos talentos da poesia. 

Direção da revista Horizonte


Revista Horizonte / Reprodução

O contexto político em Porto Alegre na década de 1940 e 1950 também refletia a disputa da Guerra Fria, com a formação dos blocos comunistas e capitalistas. Com o fim do Estado Novo, o retorno à democracia no Brasil possibilitou que o Partido Comunista Brasileiro retomasse as suas atividades na legalidade. Em 1947, entretanto, o registro da legenda política foi cassado no Rio Grande do Sul, empurrando-os novamente para a clandestinidade. Segundo a historiadora da arte pesquisadora Andréia Duprat, mesmo  sofrendo perseguições e submetidos à vigilância das forças repressoras, os militantes mantiveram parte de seus órgãos de imprensa e de seus empreendimentos culturais.

A revista Horizonte foi uma importante publicação cultural que tratava das artes visuais, de cinema, de arquitetura, de literatura, e outros temas no RS. A maioria dos intelectuais e artistas que colaboraram com a Horizonte eram ligados ao partido Comunista. Seu primeiro diretor foi o escritor Cyro Martins, que publicou três números em 1949. Conforme Andréia, embora seus colaboradores, desde o início, fossem ligados ao PCB, o conteúdo dessas edições não tinha um caráter muito acentuado em termos partidários, mas uma defesa mais generalizada das artes.

Quando Lila Ripoll tomou a frente da direção da revista no final de 1950, ao mesmo tempo que os artistas Carlos Scliar e Vasco Prado ingressaram no Conselho da Redação, a linha editorial mudou. “Lila Ripoll e os artistas citados estavam engajados nas causas do partido. Quando passou a dirigir a Horizonte, a revista se tornou um órgão cultural do PCB e se alinhou ainda mais às premissas do realismo socialista”, explica. Segundo Scliar, em entrevista a Aracy Amaral no livro “Arte para quê – a preocupação social na arte brasileira”, foi em consequência da revista que surgiram os clubes de gravura do estado. 

A contribuição da poeta para a Horizonte enquanto dirigia a publicação foi principalmente em editoriais, expressando os princípios da revista, como a defesa da paz e da cultura, a questão nacional e a luta contra o fascismo. A pesquisadora Luciana Balbueno destaca um trecho do editorial do primeiro número desta segunda fase da publicação, provavelmente escrito pela então diretora Lila Ripoll: “Partidários da Paz, queremos a independência nacional e cremos em um Brasil livre e democrático-popular. Cremos que a verdadeira arte só pode ser aquela que represente o nosso povo e seus anseios, sirva-lhe de estímulo em sua luta por melhores dias e pela emancipação nacional.” Além disso, durante toda a trajetória da revista, assinou diversos poemas próprios e traduções, sempre com a missão de ser um instrumento de ação e conscientização política.

Lila permaneceu na direção da revista até a décima edição, passando o cargo para Fernando Guedes, com o objetivo de dedicar integralmente às atividades de presidente da Associação Brasileira de Escritores. Apesar de durante os seus anos de existência, a Revista Horizonte servir de interesse ideológico de um partido político, também contribuiu para a discussão das questões e conflitos sociais e culturais de seu tempo. “Muitos dos nossos escritores foram duramente atingidos em suas páginas e condenados pela postura ‘reacionária e imperialista’, como como foi o caso de Erico Verissimo, Paulo Hecker Filho, Guilhermino César, Moisés Vellinho, entre outros. Mesmo assim, a revista, assim como o clube de gravura a que estava ligada, contribuiu para a divulgação de autores e obras de artistas do Rio Grande do Sul”, afirma Luciana. 

Movimento operário gaúcho


Livro de poemas nomeado em alusão ao Dia do Trabalhador / Delfos / Espaço de Documentação e Memória Cultural

Em 1954, Lila publicou o longo poema Primeiro de Maio sobre o massacre do dia do trabalhador em Rio Grande, um episódio triste da história do estado, que ficou também conhecido como “massacre na linha do parque”. Trata-se de uma passeata operária que foi interrompida, por ordem superior, com os disparos dos policiais, causando a morte de quatro operários e um policial. Para o pesquisador Carlos da Costa Leite, o registro em forma de poema deixou para posteridade uma página muito triste e de profunda consternação na história. 

Lila também atuou fortemente no campo cultural do então movimento do operariado do Rio Grande do Sul. “Um pioneirismo, que exemplifica o valor da nossa poetisa, ocorreu no Departamento Cultural do Sindicato dos Metalúrgicos (1935-1939) quando ali ministrou aulas de música e literatura, realizou espetáculos teatrais e fundou o Coral dos Metalúrgicos. Ao lado de Delmar Mancuso, montou a peça Orfeu da Conceição, de Vinícius de Moraes, e criou o Grupo de Arte que era voltado ao teatro”, conta Carlos. Para ele, pode-se considerar esta iniciativa um ato revolucionário no campo da arte e da educação e da democratização do conhecimento. Entre outros reconhecimentos, Lila é patrona da cadeira número 26 da Academia Literária Feminina do Rio Grande do Sul.

Influenciando novos artistas

O Instituto Cultural Regional Lila Ripoll surgiu em 2007 a partir de uma demanda de escritores e artistas a fim de organizarem ações em conjunto para estimular a área cultural na região norte do estado, com sede na cidade de Cacique Doble. A atual 1ª secretária Neli Luchesi Stanguerlin explica que no início o grupo era formado mais por pessoas ligadas à área da literatura, mas foi expandido com o tempo abarcando trabalhadores da cultura, como atrizes, atores e contadores de histórias. “Nos encontramos e logo pensamos em criar uma organização para ajudar a comunidade, que estava muito pobre em questões culturais”, explica. 

A ideia do nome da poeta quaraiense veio do fato de Neli ter participado do Prêmio Lila Ripoll de Poesias, organizado pela Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul. “Recebi o certificado de honra ao mérito e todos ficaram pensando quem era essa escritora, não conhecíamos”, diz. Então, eles foram atrás da história de Lila, e descobriram a sua trajetória. “Uma professora, pianista, escritora, poeta, mulher ativa, envolvia-se nas questões sociais, na cidade, em relação a sua vida, na época. Então, achamos que era a pessoa certa para homenagearmos”, conta. Depois disso, se organizaram e começaram a oferecer diversas atividades culturais em várias cidades da região. 

Enisabete Novakosk, atual vice-presidente da Instituição e artista em vários campos, considera marcante na poesia de Lila Ripoll, a coragem de expressar através dos versos, todo o contexto da época e da censura. “Ela foi destemida ao escrever sobre pobreza, exploração, discriminação e principalmente sendo mulher, buscou seu espaço no meio machista e que discriminação a participação da mulher”, diz. Em torno de vinte pessoas compõem o Instituto, oriundas de municípios como Sananduva, São João da Urtiga, Maximiliano de Almeida e Machadinho.Algumas das principais atividades estão ligadas a programações culturais em escolas. “Assim vamos também despertando o potencial da criança e do jovem”, acredita Neli. Um dos trabalhos que o Instituto ainda planeja realizar é a criação de uma Antologia com a participação de todos os membros. 

Versos trazidos para a humanidade

A professora e doutora em Literatura Maria Cristina Müller da Silva pesquisou a poesia de Lila Ripoll, examinado as manifestações do sagrado na sua poesia. A investigação permitiu concluir que os diferentes sentidos instaurados pelas imagens ligadas ao campo do sagrado na obra poética de Lila Ripoll apontam um processo de consciência crítica da autora em relação à Religião, como uma forma de controle do comportamento social, especialmente no que se refere à situação da mulher.

Quais são os diferentes significados que a dimensão do sagrado adquire em sua obra?

A leitura da poesia de Lila Ripoll revela o uso recorrente de imagens ligadas ao campo do sagrado, com referências a Deus, a Virgem, a anjos, a santos. Essas imagens apontam diferentes significados na produção da escritora, os quais, muitas vezes, se opõem. Observa-se que muitos desses significados podem ser associados à representação da mulher na sociedade sul-rio-grandense na qual a poeta escreveu. Durante muito tempo, a Religião ditou normas de comportamento, influindo diretamente na configuração dos papéis sociais desempenhados por homens e mulheres. A emancipação feminina ocorrida no século XX coincidiu justamente com o enfraquecimento da influência da Igreja nas ações do Estado e da Família. Com a independência financeira fomentada pelo capitalismo, as mulheres passaram a ocupar posições muito semelhantes às dos homens na sociedade. No processo de conquista de um espaço de atuação na esfera pública, a mulher começa a questionar as instâncias de poder, entre as quais se inclui a Religião. E foi isso que a autora fez nos seus poemas. 

Como se deu essa mudança? 

Nas primeiras obras de Lila, a presença do sagrado se dá pela Religião, mas na medida em que evolui como mulher e como escritora, o céu, as divindades e as festas religiosas já não constituem objeto de criação artística para Lila Ripoll, dando espaço para o que é “inteiramente outro”, diferente de tudo que se viu até o momento na experiência religiosa do eu poético. A sacralização de um ser humano ou mesmo do partido político ao qual Ripoll estava ligada revelam que agora o sagrado se manifesta de maneira diferenciada, pois ele é instaurado em diferentes espaços. A reinstauração do sagrado ocorre na presença de uma pessoa que é comparada a um ser divino, uma vez que a poeta revela que não existe nada capaz de se interpor entre eles neste mundo. A natureza revela-se de modo sacralizado pelo eu-lírico, que ora questiona a ambivalência contida nesses símbolos sagrados e ora sente-se em um estado sublime devido a sua condição natural. Assim como a natureza se mostra transcendente para o sujeito, sua poesia também se apresenta assim, pois a dificuldade apresentada inicialmente em conciliar-se a função de ser poeta e de ser mulher em uma sociedade patriarcal interpõe-se a tudo e a todos, fazendo com que haja outro tipo de sacralidade: a dos versos trazidos para a humanidade.  Assim, percebe-se que o encontro com a vida e a felicidade alcançada pelo eu vem à tona pela presença do partido comunista, que não morre diante das perdas, pois a ideologia comunista permanecerá viva em seus militantes. 

Obra poética completa

De mãos postas (poesia). Porto Alegre: Livraria do Globo, 1938.

Céu vazio (poesia). Porto Alegre: Livraria do Globo, 1941.

Por quê? (poesia) Rio de Janeiro J. Olympio, 1947. Poesia.

Novos poemas. (poesia)Porto Alegre: Horizonte, 1951.

Primeiro de Maio. (poesia) Porto Alegre: Horizonte, 1954.

Poemas e canções. (poesia) Porto Alegre: Horizonte, 1957.

Um colar de vidro (peça teatral inédita). Porto Alegre, 1958.

O coração descoberto (poesia).Rio de Janeiro. Vitória, 1961.

Águas móveis (poesia). Poemas inéditos de 1965.

Antologia poética. Org. por Walmyr Ayala. Rio de Janeiro Leitura; Instituto Nacional do Livro / MEC, 1967. Edição póstuma organizada por Walmir Ayala.

Poesias. Cadernos do Extremo Sul. Alegrete, 1968. Edição póstuma compilada por Sergio Faraco.

Ilha difícil: antologia poética. Org. de Maria da Glória Bordini. Porto Alegre Editora da Universidade / UFRGS, 1987.

Um Colar de Vidro (1958). Teatro. Inédito.

Obra completa. Org. de Alice T. Campos Moreira. Porto Alegre: IEL/ Movimento, 1998.

*Reportagem originalmente publicada no Jornal do Comércio/RS

Edição: Nonada Jornalismo Cultural