Simbólico

Padre Júlio Lancelotti e ativistas põem flores no lugar de pedras sob viaduto em SP

Religioso já havia usado uma marreta como reação contra medida da prefeitura na zona leste

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padre julio lancelotti
Padre Júlio pediu uma cidade 'menos empedrada' e sem hostilidade - Reprodução/Instagram

Depois de iniciar, a marretadas, a retirada das pedras colocadas sob viadutos na zona leste de São Paulo, o padre Júlio Lancelotti reuniu ativistas para espalhar flores no mesmo local, na tarde deste sábado (6). A medida da prefeitura foi criticada por ser vista como uma forma de expulsar moradores de rua.

As pedras haviam sido instaladas sob os viadutos Dom Luciano Mendes de Almeida e Antônio de Paiva Monteiro, na avenida Salim Farah Maluf (Radial Leste). Inconformado, na terça-feira (2) o coordenador da Pastoral do Povo de Rua usou uma marreta e começou a quebrar os paralelepípedos. Depois, a própria administração completou a limpeza do local.

Várias pessoas atenderam ao chamado e levaram flores neste sábado

Vários coletivos participaram da atividade, além de políticos (como o deputado federal Paulo Teixeira, o vereador paulistano Antônio Donato e o ex-deputado estadual Adriano Diogo) e da psicanalista Maria Rita Kehl. Muitas das falas criticaram a política “higienista” da gestão Bruno Covas (PSDB). A prefeitura, por sua vez atribuiu a ação a uma iniciativa isolada.

“Nós queremos uma cidade mais humana e não empedrada, sem pedras e sem hostilidade”, disse o padre Júlio na convocação para o ato. “Quero a garantia de moradia digna para todos”, afirmou.