Rio Grande do Sul

Justiça

Organizações da Frente Brasil Popular protestam contra operação Lava Jato

Em frente ao TRF4, ato simbólico denunciou ilegalidades, destruição de empregos e suspeição de Moro

Brasil de Fato | Porto Alegre |
Em frente ao TRF4, manifestantes denunciaram as ilegalidades da operação Lava Jato e seus prejuízos ao Brasil - Divulgação

A CUT-RS e a Frente Brasil Popular realizaram um ato simbólico contra a operação Lava Jato e o ex-juiz Sergio Moro, no início da tarde desta terça-feira (9), em frente ao Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), em Porto Alegre. O ato simbólico durou menos de uma hora, com os participantes respeitando os protocolos sanitários.

O protesto direcionado contra a operação Lava Jato denunciou as ilegalidades cometidas pelo ex-juiz Sérgio Moro e os procuradores da força-tarefa do Ministério Público Federal (MPF). Lembrou da destruição de empresas brasileiras e de milhares de empregos, além da prisão sem provas do ex-presidente Lula.

O local foi escolhido porque ali, no TRF4, em janeiro de 2018, os desembargadores Leandro Pausen, João Pedro Gebran Neto e Victor Laus mantiveram a sentença de Moro.

A manifestação ocorreu um dia após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, ter declarado a incompetência da 13ª Vara Federal de Curitiba para julgar quatro processos que envolvem Lula no âmbito da Lava Jato. Todas as decisões de Moro e da juíza Gabriela Hardt foram anuladas e as ações remetidas para a Justiça do Distrito Federal. Com isso, o ex-presidente recuperou os seus direitos políticos e poderá se candidatar em 2022.

Lula inocente, Moro suspeito

O presidente da CUT-RS, Amarildo Cenci, salientou que as condenações de Lula passaram por cima da Constituição, do Estado democrático de direito e do devido processo legal: “Estamos aqui como militantes e cidadãos que, desde aquela época, denunciamos as barbaridades cometidas contra Lula”, afirmou.

Ele também ressaltou o fechamento de empresas e o corte de empregos como consequências das ações da Lava Jato ao barrar Lula de concorrer nas últimas eleições. Também lembrou a rapidez com que foram julgados os processos, comprovando que "foi montada uma verdadeira farsa" para condenar e prender o ex-presidente.

“Eles têm que pedir desculpas para aquilo que fizeram porque, depois disso, elegeram um presidente que mata o povo brasileiro”, disse Amarildo.

“Judiciário ideológico e partidário”

O vereador Jonas Reis (PT), vice-líder da bancada de oposição na Câmara de Porto Alegre, condenou o judiciário “ideológico e partidário” e chamou a atenção de que “agora nós temos Lula de novo, elegível e candidato para retomar o Brasil com pleno emprego”.

O parlamentar denunciou também os ataques do governo Bolsonaro e a política neoliberal do ministro da Economia, o banqueiro Paulo Guedes: “Não aguentamos mais mortes”, enfatizou Jonas.

“Nunca houve tanta grilagem de terras e tantas mortes de mulheres, trabalhadores sem terra, quilombolas, LGBTs e indígenas”, acrescentou o vereador.

Estiveram presentes dirigentes da CUT-RS, da Confederação Nacional dos Metalúrgicos (CNM-CUT), de sindicatos e representantes do MST, do Movimento de Pequenos Agricultores (MPA) e do Levante Popular da Juventude.

Confira a transmissão do ato:

* Com informações da CUT-RS


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Edição: Marcelo Ferreira