Rio Grande do Sul

COVID-19

Haroldo e Pedrão, militantes históricos do PCdoB estão entre as vítimas da covid-19

O Partido Comunista do Brasil (PCdoB)  emitiu nota pela morte de dois militantes históricos

Haroldo Lima (E) e Pedro Machado Alves (D) - PCdoB

O Partido Comunista do Brasil (PCdoB) emitiu nota pela morte de dois militantes históricos. Na Bahia, o ex-deputado federal Haroldo Lima, de 81 anos, morreu na madrugada desta quarta-feira (24/3), em Salvador, em decorrência de complicações da covid-19. Em nota, o presidente estadual do PCdoB, Davidson Magalhães, disse que Haroldo "lutou bravamente por longos dias contra a doença, mas não resistiu às complicações". Magalhães lamentou profundamente o que considera "uma irreparável perda de um dos mais destacados quadros nacionais do PCdoB".  

No Rio Grande do Sul, a morte de Pedro Machado Alves, aos 82 anos de idade, gerou inúmeras manifestações. "Pedrão" foi uma das maiores lideranças entre os metalúrgicos da capital gaúcha. "Entre os anos 1960 e 1970, foi indicado para encabeçar a chapa de oposição para o Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Porto Alegre, na época sob intervenção militar, na primeira eleição após o golpe de 1964. No entanto, o DOPS não lhe forneceu o "atestado ideológico" exigido", lembra Raul Carrion. 

Carrion enviou a informação pelas redes sociais e relembrou a trajetória do militante histórico.

"Pedrão iniciou sua militância na Juventude Operária Católica (JOC), militou na Ação Popular (AP) e filiou-se ao PCdoB em 1968, tendo sido logo eleito para o seu Comitê Estadual. Em 1969, foi preso por suas atividades sindicais e torturado, mas não chegou a ser identificado como militante do PCdoB. Fazia parte do Comitê Estadual do PCdoB que sofreu diversas prisões em 1971, mas não foi atingido pela repressão devido ao comportamento digno, frente às torturas, dos principais dirigentes presos. Grande amigo de José Freitas e Agenor Castoldi, desde os tempos da JOC, era um operário especializado e estudioso do marxismo. Posteriormente, formou-se como Engenheiro de Produção, continuando a trabalhar na indústria metalúrgica como engenheiro de segurança. Pedrão sempre será lembrado como um grande lutador da classe operária gaúcha, em defesa do Brasil, da democracia e dos direitos do nosso povo! O PCdoB presta a sua homenagem a ele inclinando suas bandeiras de combate!", escreveu Raul Carrion.

Edição: Esquina Democrática