Foram registrados 179 óbitos em decorrência da covid-19 no Rio Grande do Sul nesta sexta-feira (16), de acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (SES). Com isso, já são 22.977 vidas perdidas no território gaúcho em função da doença.
O RS também soma 915.558 infectados pelo novo coronavírus desde o início da pandemia, com a confirmação de 5.337 novos casos pela SES. Dos infectados até o momento, 877.989 (96%) são considerados recuperados e 14.518 (2%) estão em acompanhamento.
De acordo com a SES, Porto Alegre foi a cidade com o maior registro de vítimas fatais, sendo 44 óbitos, seguida de Caxias do Sul, Canoas, Rio Grande e Sapiranga (6), Novo Hamburgo (5), Santa Maria, Alvorada, Gravataí, Cachoeirinha, São Borja e São Gabriel (4).
Outras diversas cidades registraram, hoje, de um a três óbitos. Dos 497 municípios gaúchos, somente 15 não têm registro de vítimas fatais.
Situação das UTIs
A ocupação geral das UTIs em todo o Rio Grande do Sul segue a tendência de baixa no mês de abril, contudo a situação ainda é de cautela. Às 18h desta sexta-feira, a ocupação dos leitos no estado estava em 88,5% sendo 2.993 pacientes em 3.383 leitos de UTI. Dos pacientes internados, 2.052 (68,6%) têm diagnóstico positivo para a doença e mais 116 (3,9%) estão sob suspeita.
A rede privada segue com superlotação, com 104% de ocupação dos leitos de UTI em todo o estado. Já os leitos do Sistema Único de Saúde registram ocupação de 82,7%. Dos 2.473 leitos SUS em operação, 2.046 estavam ocupados.
Ocupação segue perto dos 100% em Porto Alegre
Pelo quinto dia consecutivo, a ocupação dos leitos de UTI na capital ficou abaixo de 100%, porém a situação ainda é de colapso, na marca de 97,41%. Ao menos sete hospitais da cidade estão atendendo além da sua capacidade, três estão com capacidade máxima, um está acima de 90%, três estão acima de 80%, dois estão com ocupação acima de 70%, um acima de 60% e outro acima de 50%.
Dos 942 pacientes em cuidados intensivos na Capital, 606 têm covid-19 confirmada. Além disso, 14 têm suspeita da doença e 72 positivados aguardam na emergência por leitos.
Pela oitava semana consecutiva, RS fica em bandeira preta
Apesar de melhorias em alguns indicadores, governo do estado do o Rio Grande do Sul decidiu manter as 21 regiões Covid em bandeira preta, ou seja, nível de risco altíssimo de contágio. O anúncio foi feito ao apresentar o modelo de Distanciamento Controlado, que nesta sexta-feira completa a 50ª rodada.
O estado está sob risco altíssimo desde a 43ª rodada (27/2 a 8/3), quando foi criada a salvaguarda estadual que garante a aplicação automática da bandeira mais grave a todas as regiões quando a capacidade hospitalar está próxima do limite.
Conforme explica o Executivo estadual, como há risco de as equipes de saúde estarem sobrecarregadas e de haver atraso no preenchimento dos dados, o Gabinete de Crise determinou que quando a razão de leitos livres de UTI sobre leitos ocupados por covid em UTI estiver menor ou igual a 0,35 em nível estadual, a salvaguarda será acionada, sobrepondo-se à média ponderada dos indicadores regionais.
“Como a ocupação hospitalar ainda está próxima a 90%, o estado segue com pressão sobre o sistema de saúde gaúcho. Por isso, o Gabinete de Crise segue com cautela para atender a pedidos de mudanças nos protocolos do Distanciamento Controlado nesta semana”, destacou o governo do estado.
O mapa divulgado nesta sexta (16) já é definitivo, com validade até 26 de abril, ou seja, não há possibilidade de envio de pedidos de reconsideração à classificação, devido à gravidade do cenário.
Veja aqui as informações completas sobre o mapa atual.
País tem mais de 368 mil vítimas fatais
O Conselho Nacional de Secretarias de Saúde (Conass) registrou, em boletim publicado hoje (16), 3.305 óbitos e 85.774 infectados em todo o país. Com isso, o Brasil já soma 368.749 mortes e 13.832.455 contaminados pelo novo coronavírus.
De acordo com o Conass, o RS permanece como o terceiro estado em número de infectados e o quarto em relação às vítimas fatais.
O que é coronavírus?
É uma extensa família de vírus que podem causar doenças tanto em animais como em humanos. De acordo com a OMS, em humanos, os vários tipos de vírus podem causar infecções respiratórias que vão de resfriados comuns até a crises mais graves como as provocadas pela síndrome respiratória do Oriente Médio (MERS) e a síndrome respiratória aguda severa (SRAS). O coronavírus descoberto mais recentemente causa a doença covid-19.
Como ajudar a quem precisa?
A campanha “Vamos precisar de todo mundo” é uma ação de solidariedade articulada pela Frente Brasil Popular e pela Frente Povo Sem Medo. A plataforma foi criada para ajudar pessoas impactadas pela pandemia da covid-19. De acordo com os organizadores, o objetivo é dar visibilidade e fortalecer as iniciativas populares de cooperação.
Como tirar dúvidas?
A Secretaria Estadual da Saúde recomenda à população e aos profissionais de saúde do RS que entrem em contato com a vigilância epidemiológica de seu município para esclarecimento de dúvidas. Nos horários que as repartições municipais não estiverem atendendo ao público, está disponível o telefone 150 - Disque Vigilância da SES. Questionamentos podem ser encaminhados também para o email [email protected].
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Edição: Marcelo Ferreira