Paraíba

Coluna

Fome e miséria: projetos de governo do genocida Jair Bolsonaro

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Ilustração - Reprodução
O Brasil de hoje, em plena Pandemia, vive uma estúpida e atroz inflação contra as populações pobres

A fome e a miséria no Brasil não são obras do destino, do acaso ou da incompetência de desgovernos.

Não. 

Colocar a população trabalhadora desalentada, desempregada, reduzindo, subtraindo seus direitos, faz pare das estratégias históricas das classes dominantes, para quem, quase sempre, serviram os sucessivos governos no Brasil.

Quando, em 1850, o Brasil aprisionou as terras, tornando-as mercadoria acessível apenas para quem tinha dinheiro, excluindo, assim, a imensa maioria da população de ex-escravizados e de camponeses pobres, inaugurou o projeto político de fome para a maioria da sua população.

E, desse modo, as oligarquias latifundiárias, violentas, desumanas, frias e egoístas procuraram naturalizar a concentração fundiária, a fome e a miséria. Violentamente, desumanamente, associou-se, muitas vezes, a fome à vagabundagem. Culpando-se a vítima para isentar os verdadeiros algozes.

Recentemente, em 2002, Lula, um nordestino que viu e viveu a fome brasileira, foi eleito Presidente da República. Em sua diplomacia como Presidente, emocionou os que têm coração e humanidade, afirmando ser seu principal objetivo de governo assegurar a cada brasileiro três refeições diárias.

Os governos petistas, de conciliação nacional, apesar de não alterar em nada os criminosos privilégios das classes dominantes brasileiras, cumpriram com essa promessa. Em 2014, o Brasil saiu do Mapa da Fome que a Organização das Nações Unidas (ONU) elabora. 

É verdade que houve várias outras conquistas significativas para as classes trabalhadoras e os pobres no Brasil nesse período. Podemos destacar duas ações dos governos petistas que provocaram significativos impactos sociais para a população pobre e acenderam a “ira” dos ricos, opulentos e desalmados. O aumento real do salário mínimo (em torno de 70%) e o acesso à universidade de pretos, pobres e desvalidos.

Na essência, essa é a razão do ódio ao PT. Os ricaços, privilegiados de sempre, bárbaros, assumem. A classe média desconversa, procura disfarçar, mas, no essencial, foram as políticas públicas inclusivas que provocaram o ódio ao PT. Nunca reclamaram do PT quando fez desoneração para grandes corporações econômicas. E assim por diante.

Essa realidade se comprova com as medidas de políticas econômicas aprovadas a partir do covarde golpe contra a presidenta Dilma Rousseff e a assunção de Michel Temer e da “Ponte para o Futuro”. Todas as medidas aprovadas no Congresso foram contra as classes trabalhadoras. Todas. A “Reforma” Trabalhista e a maldita “Reforma” da Previdência vieram retirar direitos dos trabalhadores.

Mas não foi só isso. A alteração na política de preços da Petrobrás é criminosa, desumana.

O Brasil de hoje, em plena Pandemia, vive uma estúpida e atroz inflação contra as populações pobres, de baixa renda. Uma política genocida. 

O mundo vive uma deflação. Ou seja, os preços, no mundo, desabam. Consequência da contração do consumo em função da Pandemia. No Brasil, os preços disparam. Não porque haja um “superaquecimento” de demanda, de consumo. Não. 

A inflação alta no Brasil é política de governo. É resultado direto da irresponsável e perversa vinculação do preço dos combustíveis e do gás de cozinha no Brasil ao preço do petróleo no mercado internacional e sua vinculação ao dólar.

É importante as pessoas saberem as razões de por que, hoje, a Petrobrás vincula os preços dos combustíveis praticados no Brasil ao preço do petróleo no mercado internacional e ao dólar. Porque, assim, assegura vultosos lucros para a Petrobrás e, consequentemente, para os seus acionistas, que especulam diariamente na Bolsa de Valores em Nova York, comercializando suas ações.

Extraem do suado salário dos trabalhadores brasileiros, que pagam gasolina, diesel, gás caríssimos, para garantir lucros a especuladores internacionais. Como, no Brasil, a base dos transportes das mercadorias é rodoviária e usa esses combustíveis caríssimos, esses preços são transferidos aos alimentos e outros produtos de uso corriqueiro da população.

De fato, é um crime contra o país e contra o povo trabalhador. Defendido e acobertado vergonhosamente pela grande mídia comercial, comprometida com esse projeto genocida em curso. O resultado é cada vez mais fome e desespero para as famílias trabalhadoras.

É preciso lutar contra a fome, ser solidário sempre aos mais necessitados. Mas é primordial denunciarmos as causas. Denunciarmos essa política antinacional e antipopular que gera fome e desespero.

A rigor, só há uma forma de acabar com essa sangria do povo brasileiro em favor de especuladores vagabundos, que vivem como parasitas a sugar o sangue e o suor do nosso povo trabalhador. A renacionalização da Petrobrás. Essa é uma empresa estratégica, que deve ser colocada a serviço do Brasil e do nosso povo. E não para dar lucros a parasitas.
 


 

Edição: Cida Alves