Rio Grande do Sul

PANDEMIA

Governo do RS apresenta previa de novo modelo de distanciamento com menos protocolos

Governador defendeu simplificação dos protocolos e maior participação das regiões e municípios na sua definição

Brasil de Fato | Porto Alegre |
Governador Leite e secretários realizaram reunião com deputados e prefeitos por videoconferência - Felipe Dalla Valle/Palácio Piratini

O governador Eduardo Leite (PSDB) apresentou, em reunião no início da noite desta terça-feira (4), as ideias iniciais do novo sistema de distanciamento durante a pandemia no Rio Grande do Sul, que deve entrar em vigor em 10 de maio, com um número de protocolos inferior ao que existe hoje. Pela proposta, o atual modelo de Distanciamento Controlado, que usa o sistema de bandeiras atualizadas semanalmente, será substituído por um sistema de alertas, conforme seja necessário em função do aumento do grau de risco de cada região.

Participaram da reunião virtual integrantes do Gabinete do Crise, deputados e prefeitos que representam associações regionais da Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs).

Conforme as diretrizes apresentadas pelo governador, caberia ao governo do estado definir restrições mínimas obrigatórias. Entre elas o uso obrigatório de máscara em ambiente coletivo aberto ou fechado, que os municípios terão de seguir em qualquer hipótese, além de sugerir um conjunto de protocolos padrões por atividades, em número inferior ao existente hoje.

Pela sugestão, municípios poderiam adotar protocolos por atividades respeitando as restrições mínimas obrigatórias, além de seguir necessária a adesão de dois terços das prefeituras da região Covid e apresentação do plano de fiscalização dos protocolos a serem adotados. E as prefeituras poderiam seguir aplicando regras mais rígidas do que as adotadas pela região ou do padrão definido pelo estado.

O governador defendeu a simplificação dos protocolos e maior participação das regiões e municípios na sua definição. Disse que o atual modelo ficou complexo depois de variações nos indicadores, que “ficaram desencontradas com a gravidade da situação”. “Acreditamos que cabe ao estado fazer o alerta, porque temos capacidade de monitoramento dos indicadores, e acionar as regiões se for necessário. Mas entendemos que, neste momento, as regiões e os municípios têm de ter mais protagonismo para definir os seus protocolos”, explicou.

Segundo informações do governo estadual, após a apresentação, deputados e prefeitos tiveram a oportunidade de falar sobre demandas e sugestões, de forma a ampliar o debate sobre o novo sistema. Nos próximos dias, estão previstas novas reuniões com outros segmentos da sociedade par debater o tema.

Após a reunião, o presidente da Famurs, Maneco Hassen, destacou em publicação nas redes sociais que “com inúmeras e injustificáveis modificações o governador provou que o sistema de bandeiras perdeu a confiança”. Ele reforçou a necessidade de ações mais afirmativas quanto aos auxílios para a população mais carente e que a vacinação esteja ao alcance de todos. "Esse deveria ser o debate principal nesse momento da crise. Nisso que deveríamos estar concentrados. Auxílio emergencial e vacinação”, concluiu.

* Com informações do Governo do RS


:: Clique aqui para receber notícias do Brasil de Fato RS no seu Whatsapp ::

SEJA UM AMIGO DO BRASIL DE FATO RS

Você já percebeu que o Brasil de Fato RS disponibiliza todas as notícias gratuitamente? Não cobramos nenhum tipo de assinatura de nossos leitores, pois compreendemos que a democratização dos meios de comunicação é fundamental para uma sociedade mais justa.

Precisamos do seu apoio para seguir adiante com o debate de ideias, clique aqui e contribua.

Edição: Marcelo Ferreira