Pernambuco

SAÚDE

Mais de 700 Agentes Populares de Saúde diplomados pela UFPE para atuar no combate à pandemia

Formação é uma parceria entre a campanha Mãos Solidárias, movimentos populares, Universidades e setores da Igreja

Brasil de Fato | Recife (PE) |
Cerimônia de formatura contou com a participação de representações da UFPE, Secretaria Estadual de Saúde e movimentos populares - ASCOM UFPE

Na tarde de quarta (21), parte dos Agentes Populares de Saúde ligados à Campanha Mãos Solidárias foram certificados na cerimônia de formatura do “Curso de Formação de Agentes Populares de Saúde: ajudando minha comunidade no enfrentamento da pandemia de Covid-19”. 

A atividade, que aconteceu no Auditório João Alfredo, na Reitoria da UFPE, contou com a participação do reitor da Universidade Federal de Pernambuco, Alfredo Gomes; a coordenadora do curso e pesquisadora da Fiocruz, Paulette Cavalcanti; a Secretária Executiva da Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco, Fernanda Tavares e o Arcebispo de Olinda e Recife, Dom Fernando Saburido. Além disso, a atividade contou com a participação de representantes de diversos movimentos populares e 20 formandos do curso, que devido à pandemia de covid-19, representaram os mais de 700 cursistas de todo o estado que também receberam a certificação. 

O curso, que é uma estratégia da Campanha Mãos Solidária e Periferia Viva apoiada com certificação pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e em parceria com a Fiocruz-PE, Universidade de Pernambuco (UPE), Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), Arquidiocese de Olinda e Recife e movimentos populares do campo e da cidade. 

Para o reitor Alfredo Gomes, a atividade celebra um conjunto de ações organizadas pela Campanha, que vão da educação popular em saúde até a distribuição de alimentos vindos da reforma agrária “Este ato é um momento de resistência, de dizer que os princípios da democracia, de enfrentamento para a erradicação da fome e da pobreza continuam na pauta daqueles que se preocupam em construir um Brasil soberano, plural, diverso e sem fome”, afirma. 

Cristiane Martins, moradora do bairro do Ibura e uma das formandas, afirma que a ação dos Agentes no bairro trouxe mudanças profundas para o local no contexto da pandemia “Foi a melhor coisa que a gente fez. Fizemos a implantação de uma farmácia viva, a oficina de lambedores”, relembra ela, que também relembrou que as atividades levantavam temas como a organização comunitária e o combate a violência contra a mulher.

Além dos movimentos populares e da parceria com as Universidades, setores da Igreja Católica também compõem as atividades da campanha. O Arcebispo Dom Fernando Saburido ressalta que há anos as organizações religiosas têm se empenhado nas ações de solidariedade “Enquanto Arquidiocese nós fazemos parte de uma história de uma Igreja comprometida, pelo menos nos últimos tempos, a exemplo do ícone que todo mundo reverencia Dom Hélder Câmara. Nós procuramos levar adiante essa bandeira”, projeta. 

Agora, os mais de 700 agentes que foram formados em 2020 na Região Metropolitana do Recife, interior e sertão do estado continuarão atuando através da iniciativa, que voluntariamente age nas comunidades com ações de educação popular em saúde e ações solidárias no enfrentamento à pandemia da covid-19 e suas consequências, buscando a organização popular e solidária local para minimizar o aprofundamento das desigualdades sociais que foram potencializadas durante a pandemia.

 

Edição: Monyse Ravena