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Sem hesitar um segundo, com Cuba

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Fidel Castro e revolucionários tomaram o quartel Moncada em 26 de julho de 1953 - Divulgação
A história não registra crime mais hediondo que os EUA vêm cometendo contra Cuba

Há 68 anos, em uma manhã de Carnaval em Santiago de Cuba, os carros dos agressores do Quartel Moncada deixaram a fazenda Siboney.

Simultaneamente, homens e mulheres que se preparavam para assaltar o Quartel “Carlos Manuel de Céspedes” em Bayamo e o hospital e o palácio do tribunal na capital da província faziam o mesmo.

Pouco mais de cem revolucionários impacientes e com muita coragem. A maioria eram jovens do Partido Ortodoxo que abraçaram a luta armada contra a ditadura. À frente deles estava o advogado e ex-candidato a deputado em eleições parlamentares frustradas, Raul Castro Rúz, filho do proprietário de terras Angel Castro Argiz, um imigrante espanhol.

O objetivo perseguido era convocar uma insurreição popular para derrubar a ditadura do ex-sargento, general exaltado, Fugencio Batista.

O objetivo não foi alcançado. A rebelião armada significou uma derrota militar sangrenta para os revolucionários.

O punhado de sobreviventes, incluindo Fidel Castro, que no julgamento que os condenou à prisão fez sua defesa com um discurso massivo que ficou conhecido como “A história me absolverá”, continuou a luta na prisão, no exílio e na guerrilha, até a vitória de janeiro de 1959.

Passou quase sessenta anos de triunfo, erros e desventuras da Revolução Cubana, implacavelmente sitiada pelo império estadunidense. O calendário de ataques a Cuba registra tudo o que podemos imaginar e o que não podemos.

A invasão mercenária de Playa Girón em 1961, as tentativas de assassinar Fidel, a introdução de doenças contagiosos no país, a destruição de canaviais e plantações com agentes químicos.

Além disso, a sabotagem de instalações industriais, a explosão do navio “La Coubre” no porto de Havana, a espionagem aérea e eletrônica, o financiamento de conspirações e o bloqueio, a mais cruel e desumana ação contra um povo que conhece sua história.

O bloqueio estadunidense tenta estrangular um povo inteiro por causa da fome, das carências e das doenças. A história não registra crime mais hediondo que os EUA vêm cometendo contra Cuba. Nunca uma nação foi, como é o caso da cubana, pressionada ao extremo pelo maior poderio militar e econômico do mundo a ponto de tentar forçá-la a se ajoelhar em sua dignidade e abdicar de sua independência e soberania.

Mas foi a dignidade de Cuba, recuperada pelo processo iniciado naquela manhã de 1953 na fazenda Siboney, em Santiago de Cuba, que resistiu a todos os golpes da máfia dos EUA.

Os cidadãos decentes e informados dos EUA estão do lado da ilha rebelde, que desafia a Casa Branca e o Pentágono.

Na América Latina devemos traçar laços de unidade com a solidariedade que Cuba desperta nos Estados Unidos, Europa e África.

Acima de tudo, nós, latinos americanos, irmãos de Cuba, temos o dever de abraçar a ilha com o carinho, a admiração e a solidariedade ativa que ela conquistou com sua coragem antiimperialista.

No momento mais difícil, talvez o mais amargo da história, Cuba precisa dessa solidariedade para ajudar a fortalecer suas reservas morais e políticas e mais uma vez opor a unidade de seu povo às ameaças do império.

#PELOFIMDOBLOQUEIOACUBA

#VIVAAREVOLUÇÃOCUBANA

* Este é um artigo de opinião. A visão da autora não necessariamente expressa a linha editorial do jornal Brasil de Fato.

              

Edição: Katia Marko