Rio Grande do Sul

Solidariedade

Grupo "Mulheres Phodásticas" realiza ação de doação de cobertores durante onda de frio extremo

Em quatro dias, mais de 1.200 cobertores foram comprados e doados a entidades de assistência social de Porto Alegre

Brasil de Fato | Porto Alegre |
Foto de uma das entregas de cobertores, realizada nesta quinta-feira (29) - Reprodução

Com um nome que chama bastante a atenção, o grupo "Mulheres Phodásticas" está se mobilizando para arrecadar dinheiro que será usado na compra de cobertores, que estão sendo doados para entidades que atendem a população em situação de rua em Porto Alegre. A campanha recebeu o nome de "Cobertores Para Quem Tem Frio".

Em apenas quatro dias, elas já conseguiram arrecadar dinheiro suficiente para mais de 1.250 cobertores, que foram entregues à Fundação de Assistência Social e Cidadania (Fasc), Associação Intercomunitária de Atendimento Social (AICAS), ao Centro Social Rua - Banho Solidário, aos movimentos Fome tem Pressa e Caravana com Amor, aos Mensageiros da Caridade, o PF das Ruas e a Fundação Comida Poa.

Além destes, receberam cobertores, na tarde de hoje (29), as entidades Unidos da Moradas da Hípica, o Projeto Comida do Bem do Centro Espiritualista Casa da Luz e o Projeto Banho Solidário do Centro Social de Rua, que tinha recebido algumas unidades na terça-feira. A campanha encerra nesta sexta-feira (30) e, no final de semana, será feita a prestação de contas pelas redes sociais das participantes do grupo.

Interessados em ajudar podem fazer as doações pelo PIX de uma das integrantes do Grupo. Seu nome é Miriam Gonçalves Linera, e a chave PIX é o seu CPF: 33914133015. O grupo informa também que doações de roupas e outros materiais podem ser feitas no endereço Rua Demétrio Ribeiro, 482. Mais informações no telefone (51)999-333-301.

Grupo de mulheres é independente e se organiza pelo Whatsapp

Segundo informa uma das integrantes do grupo, Sílvia Marcuzzo, a iniciativa da campanha de doação de cobertores também tem o objetivo de chamar a atenção do poder público para a necessidade de planejamento de ações para enfrentar eventos extremos. Sílvia é jornalista focada na área ambiental e, justamente por esse contato com o tema, foi ela quem se atentou à onda de frio extremo que hoje está sobre o Rio Grande do Sul. Ela recorda que as mudanças climáticas percebidas hoje no mundo tendem a agravar a ocorrência desses eventos, portanto, o poder público tem que estar preparado para cada vez mais atender à população.

Sobre a origem do grupo, ela afirma que surgiu a partir de um outro grupo, também montado através de um grupo aberto de Whatsapp, chamado "Poa Inquieta". O grupo havia sido criado também com o objetivo de realizar ações de solidariedade e que visavam a construção de uma cidade melhor. Com o tempo, diversas mulheres foram se aproximando, até o ponto de decidirem criar outro grupo menor, só de mulheres e com mais afinidades.

No início, elas se chamavam "Mulheres Inquietas", até o momento em que, durante uma reunião, uma das integrantes do grupo comentou em tom de brincadeira que elas eram "fodásticas". A partir disso, passaram a adotar o nome de "Mulheres Phodásticas". Pelo grupo, as mulheres se organizam, realizando campanhas de solidariedade, entre outras atividades, decidindo coletivamente o que apoiar.

Cada mulher que integra o grupo também possui a sua rede e traz suas experiências. Sílvia afirma que o coletivo é bastante diverso e essa rede contribui muito, tanto que, quando do início da campanha de doação para o frio extremo, em cerca de 24h elas conseguiram arrecadar o suficiente para mais de 400 cobertores.


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Edição: Marcelo Ferreira