Rio Grande do Sul

Pesquisa e música

Última live do Projeto Sambaobá destaca a cantora e compositora canoense Luciara Batista

Encerramento do projeto da cantora Glau Barros acontece nesta quarta-feira (25) com transmissão ao vivo às 20h

Brasil de Fato | Porto Alegre |
Luciara Batista vem de uma família de sambistas e cresceu no meio do samba - Foto: Edésio Ferreira Paz

Em quatro lives do projeto “Sambaobá – A Raiz Feminina do Samba", a cantora e atriz Glau Barros compartilhou com o público histórias, experiências e processos artísticos de suas convidadas, oriundas de cidades do Interior do RS. A investigação da artista, ainda em curso, tem por finalidade reconhecer as mulheres sambistas de diferentes regiões do estado.

O encerramento do projeto acontece nesta quarta-feira (25), às 20h, recebendo a compositora e intérprete de samba enredo Luciara Batista, da cidade de Canoas. A live será transmitida pelo canal Glau Barros, no YouTube.  

Sobre Luciara Batista

Luciara Batista nasceu em 1972, em Canoas, no Bairro Niterói. Cresceu no meio do samba, juntamente com os familiares maternos, a família Teixeira. Traz na lembrança, as rodas de samba da família coordenadas pelas tias, que são suas referências. Participa do Criativo PraQProduções.

Mulher preta, mãe, artista, compositora, produtora cultural, afro influencer, Luciara é a única intérprete mulher do Carnaval canoense e de Porto Alegre, nos últimos anos. É idealizadora do Projeto Samba da Roda de Saia, com o objetivo de reunir amigos e familiares através do samba.

A sambista vem trabalhando em músicas autorais. Ativa em projetos culturais em prol do samba, ela participa de diversos grupos, como o Projeto Liames, um coletivo de mulheres que cantam suas próprias composições, e o Projeto Samba da Gente, no qual canta suas músicas autorais e de outros compositores exclusivamente gaúchos.

Neste ano de 2021, Luciara Batista recebeu o prêmio Prêmio Trajetórias Culturais - Mestra Griô Sirley Amaro.  

Sobre o projeto

"Ao longo da pesquisa, pude perceber o quanto nós, mulheres, e neste recorte, mulheres negras do samba, necessitamos de espaço para expor nossas trajetórias, nossos anseios e nosso fazer artístico. Somos, a todo momento, invisibilizadas, muito em razão desta estrutura excludente que nos é imposta", observa Glau Barros.

Segundo a artista, a invisibilidade também contribui para a pouca procura desses trabalhos, dificultando desta forma, que estas artistas tenham acesso a espaços e oportunidade, o que muitas vezes abrevia possíveis carreiras musicais.

Por isso o objetivo do projeto de mapear a presença de mulheres compositoras, contribuindo com o legado cultural das diferentes regiões do Rio Grande do Sul a que pertencem.

A pesquisa focalizou cinco cidades gaúchas: Gravataí, Pelotas, Uruguaiana, Rio Grande e Canoas. A iniciativa é viabilizada por meio do Edital Criação e Formação – Diversidade das Culturas, realizado pela Secretaria de Estado da Cultura em Parceria com a Fundação Marcopolo, com recursos oriundos da Lei Aldir Blanc.


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Edição: Marcelo Ferreira