“Mais do que máquinas precisamos de humanidade. Mais do que inteligência precisamos da afeição e doçura. Sem essas virtudes a vida será de violência e tudo estará perdido.”

Charles Chaplin

Na atualidade, nos deparamos com uma mudança de era nos veículos de comunicação e no encargo do desenvolvimento industrial para abastecer essa demanda civilizatória. É imprescindível uma mudança de mentalidade analógica para uma digital inerente a adaptação do indivíduo em sua capacidade de aprendizado. Os paradigmas de uma nova sociedade estão sendo definidos com as grandes plataformas tecnológicas cuja palavra-chave está baseada na raiz do conceito de learnability ou mais propriamente na capacidade de aprendizado.

Hoje não basta um indivíduo buscar a quantidade de fatores externos a sua capacidade de produção, mas sim uma capilaridade ascensional de gerir ideias. A sustentabilidade do sistema está na capacidade de comercializar ideias. Hoje navegar na rede é uma forma de consumo crescente, muitas vezes desenfreado, que acarreta vícios sociais e obstáculos para obter a meta de um canal rápido, preciso de decodificação segura e fluida, sem ruídos de comunicação ao destinatário.

O novo ambiente de trabalho se caracteriza pela redução de custos nos métodos de organização que confere a inserção no mercado de trabalho de um conceito de inovação disruptiva. As formas de financiamento de um segmento econômico ficam estabelecidas no alcance do produto no âmbito da velocidade de seu consumo e não na quantidade do produto uma vez que seu crescimento exponencial é gerado através de algoritmo e não em recursos naturais.

As Big Tech, nome dado às cinco maiores e mais dominantes empresas da indústria de tecnologia da informação dos Estados Unidos – a saber: Amazon, Apple, Google, Facebook e Microsoft – estão diversificando cada vez mais suas atuações no mercado mundial para atender a diversidade social que intensifica num prodigioso emaranhado de fictícias projeções sociais. Desta forma, a dicotomia entre formação de público e formação de conteúdo torna-se uma verdadeira Torre de Babel.

A tendência submerge com a regionalização de produção artística cultural e jornalística para que haja uma real identidade da localidade com seu conteúdo humano. Assim a proposta de aprimorar o ser humano e não subestimá-lo é a melhor sustentabilidade ao planeta e aos meios de produção. Fica a esperança da dignidade entre os fins e os meios neste período de tempo em que uma grande parcela da população navega ociosamente em devaneios de “status quo”.

* Jornalista

* Este é um artigo de opinião. A visão da autora não necessariamente expressa a linha editorial do jornal Brasil de Fato.

Edição: Katia Marko