Rio Grande do Sul

INFLAÇÃO

Com aumento de 1,18%, Porto Alegre segue como a capital com a cesta básica mais cara

De acordo com levantamento feito pelo Dieese, o valor dos bens alimentícios básicos é de R$ 664,67 na capital gaúcha

Brasil de Fato | Porto Alegre |
Cesta básica aumentou em 13 capitais das 17 capitais pesquisadas pelo Dieese - Foto: Giorgia Prates

Porto Alegre segue sendo a capital com a cesta básica mais cara do país, segundo levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) divulgado nesta segunda-feira (8). O conjunto de bens alimentícios registrou, em agosto, o reajuste de 1,18%, passando a custar R$ 664,67, R$ 7,75 a mais do que no mês anterior.

Conforme aponta o levantamento, a jornada necessária para comprar a cesta básica na capital gaúcha é de 132 horas e 56 minutos. Os preços acumulam um aumento de 7,96% em 2021 e 25,74% nos últimos 12 meses.

Dos treze produtos que compõem o conjunto de gêneros alimentícios essenciais previstos, oito ficaram mais caros no último mês: a batata (11,85%), o café (10,95%), o tomate (8,62%), o açúcar (4,18%), o leite (0,99%), o óleo de soja (0,94%), a manteiga (0,81%) e a farinha de trigo (0,55%). Em sentido contrário, quatro itens registraram redução de preço: a banana (-2,38%), o pão (-1,50%), o arroz (-1,22%) e a carne (-0,04%). O feijão ficou estável. 

Ainda de acordo com o levantamento, de janeiro a agosto de 2021, nove produtos ficaram mais caros: o açúcar (44,04%), o café (22,82%), o tomate (20,83%), a farinha de trigo (17,85%), a carne (17,73%), o pão (10,05%), o feijão (9,90%), o leite (9,63%) e a manteiga (6,74%). Por outro lado, quatro itens estão mais baratos: a batata (-28,90%), a banana (-22,58%), o arroz (-10,04%) e óleo de soja (-2,73%). 

Cesta básica aumentou em 13 capitais 

Segundo o Diesse, o custo médio da cesta básica de alimentos aumentou em 13 cidades e diminuiu em quatro, de acordo com a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, realizada mensalmente pela entidade. Das 17 capitais pesquisadas, Campo Grande (3,48%), Belo Horizonte (2,45%) e Brasília (2,10%) foram as que registraram maior elevação em agosto. Já Aracaju (-6,56%), Curitiba (-3,12%), Fortaleza (-1,88%) e João Pessoa (-0,28%) foram as capitais onde o custo apresentou queda.  


Cidades com as cestas básicas mais caras do país / Reprodução Dieese

Ao comparar este mês de agosto com o do ano passado, o preço do conjunto de alimentos básicos subiu em todas as capitais que fazem parte do levantamento. Os percentuais oscilaram entre 11,90%, em Recife, e 34,13%, em Brasília.  Nos primeiros oito meses de 2021, 16 capitais acumularam alta, com taxas entre 0,28%, em Goiânia, e 11,12%, em Curitiba. 

Salário mínimo deveria ser de R$ 5,5 mil

Com base na cesta mais cara que, em agosto, foi a de Porto Alegre, o Dieese estima que o salário mínimo necessário deveria ser equivalente a R$ 5.583,90, o que corresponde a 5,08 vezes o piso nacional vigente, de R$ 1.100,00. O cálculo é feito levando em consideração uma família de quatro pessoas, com dois adultos e duas crianças. Em julho, o valor do mínimo necessário deveria ter sido de R$ 5.518,79, ou 5,02 vezes o piso em vigor.

"Quando se compara o custo da cesta com o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto referente à Previdência Social (7,5%), verifica-se que o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu, em agosto, 55,93% (média entre as 17 capitais) do salário mínimo líquido para comprar os alimentos básicos para uma pessoa adulta. Em julho, o percentual foi de 55,68%", aponta a pesquisa.


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Edição: Marcelo Ferreira