Distrito Federal

Vacinação

DF amplia dose de reforço para idosos acima de 70 anos

Cerca de 6,1 mil idosos receberam dose extra de vacina contra a covid-19

Brasil de Fato | Brasília (DF)* |
Dose de reforço começou a ser aplicada há duas semanas, número de vacinados é considerado baixo - Foto: Vinicius de Melo/Agência Brasília

A Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) anunciou nesta quinta-feira (30) a redução na idade mínima das pessoas que já podem receber a dose de reforço da vacina contra a covid-19. Agora, idosos com 70 anos ou mais poderão procurar os postos de vacinação para receber a dose extra. A exigência segue sendo a de ter tomado a segunda dose (ou dose única) há pelo menos seis meses.

Segundo Divino Valero, subsecretário de Vigilância à Saúde, do universo de 40 mil idosos acima de 80 anos no DF, apenas 6.180 receberam a dose de reforço, que começou a ser aplicada nas últimas duas semanas. O número é considerado baixo pela Secretaria. 

"Por isso, a partir de amanhã (1º), vamos ampliar a vacinação com dose de reforço para idosos acima de 70 anos", afirmou Valero durante coletiva de imprensa para atualizar informações sobre o combate à pandemia no DF.

Em relação aos idosos acima de 60 anos que vivem em instituições de longa permanência, a Secretaria de Saúde informou que 698 já receberam a dose de reforço e que 26 das 32 instituições já foram visitadas. A expectativa é concluir a vacinação desse público até o fim do mês.

Até o momento, segundo a SES-DF, foram feitos 5.860 agendamentos da dose de reforço para pessoas com imunossupressão, que inclui doenças graves como câncer, enfermidades renais, entre outras. São 12 mil doses disponibilizadas para esse público. 

Em relação à vacinação de adolescentes entre 12 e 17 anos, a pasta informou que do público estimado em 268 mil, um total 174.322, um percentual de 59,8% dessa população, já recebeu a primeira dose. 

Profissionais de saúde

A dose de reforço para profissionais de saúde do DF, que foi anunciada pelo Ministério da Saúde na semana passada, ainda depende do envio de doses aos estados para ter início. 

"Embora o Ministério da Saúde já tenha anunciado isto, até o momento não nos foi ainda enviado o número de doses", informou Divino Valero. Ele estima que este público seja de 49 mil pessoas, entre profissionais do setor público e privado. Assim como a dose de reforço para idosos, será exigido dos profissionais de saúde uma intervalo mínimo de seis meses da segunda dose ou dose única.  

Campanha multivacinal

O DF também inicia, nesta sexta-feira (1º), a campanha multivacinal, para aplicação dos 18 tipos de vacinas oferecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A campanha foi anunciada na manhã desta quinta-feira (30) pelo Ministério da Saúde e segue até o final do mês de outubro.

Dentre as vacinas que estarão disponíveis nos postos na campanha estão: BCG, Hepatite A e B, Penta (DTP/Hib/Hep B), Pneumocócica 10 valente, VIP (Vacina Inativada Poliomielite), VRH (Vacina Rotavírus Humano), Meningocócica C (conjugada), VOP (Vacina Oral Poliomielite), Febre amarela, Tríplice viral (Sarampo, rubéola, caxumba), Tetraviral (Sarampo, rubéola, caxumba, varicela), DTP (tríplice bacteriana), Varicela e HPV quadrivalente (Papilomavírus Humano). 

"Ela é uma campanha de atualização do cartão de vacina, que vislumbra aumentar as coberturas vacinais de todas as 18 vacinas disponíveis em nossa carteira de vacinação", informou Fernando Erik Damasceno, coordenador de Atenção Primária à Saúde da SES-DF.

Por determinação do ministério, foi abolido o intervalo entre a aplicação das vacinas contra a covid-19 e contra o vírus Influenza, causador da gripe. Isso deverá destravar a campanha multivacinação para quem está recebendo alguma dose de vacina contra a covid-19 ao longo do mês de outubro.  

Taxa de transmissão

O índice RT diário que mede a taxa de transmissão da covid-19 no Distrito Federal está em 1,04 nesta quinta-feira (30), informou a Secretaria de Saúde. Isso quer dizer que a cada 100 pessoas infectadas com o novo coronavírus transmitem a covid-19 para outras 104. Ao longo das últimas três semanas, essa taxa tem variado de 0,9 a 1,09, segundo 

Raquel Beviláqua, secretária-adjunta de Assistência à Saúde. A pandemia só pode ser considerada controlada quando esse índice fica abaixo de 1 ao longo de pelos menos algumas semanas seguidas, de forma estável. 

Em relação à ocupação de leitos hospitalares na capital do país, a secretária-adjunta informou que as Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) exclusiva para covid-19 estão com ocupação de 89,41% na rede pública. 

Os leitos de suporte respiratório em hospitais de campanha do DF têm taxa de ocupação de 64,33%. Já os leitos de UTI geral na rede pública registram 92,16%, com 62 pacientes na lista de espera. Os leitos de enfermaria registram ocupação de 77,02%.

"Analisando esses dados, a gente traz aqui a importância de se atentar à dose de reforço e as medidas não farmacológicas, manter o isolamento, uso de máscaras e a questão da higienização das mãos", destacou Raquel Beviláqua. 

Números da pandemia

Nas últimas 24 horas, o DF registrou 601 novos casos de covid-19. A média móvel de casos está 880 por dia nos últimos sete dias, segundo a SES-DF.

Também foi notificado, nas últimas 24h, um total de 10 óbitos. Desde o início da pandemia, 10.464 pessoas morreram em decorrência da covid-19 na capital do país.

*Com informações da Agência Brasil (EBC)

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Edição: Flávia Quirino