Rio Grande do Sul

Feminicídio

Levante Feminista contra o Feminicídio lança nota de repúdio a assassinato em Estrela no RS

Preso por violência doméstica, o crime aconteceu um dia após o ex-companheiro receber direito de responder em liberdade

Brasil de Fato | Porto Alegre |
"Nós, mulheres, exigimos respeito às nossas vidas, e denunciamos a irresponsabilidade com que é tratada a violência contra as mulheres e o feminicídio e exigimos redes de atendimento" - Fabiana Reinholz

No último sábado (2), uma mulher de 52 anos foi assassinada a facadas pelo ex-companheiro em Estrela, Região Metropolitana de Porto Alegre. Conforme a imprensa local, o autor do crime havia sido preso por violência doméstica. O feminicídio aconteceu um dia após receber direito de responder em liberdade. Diante de mais um ataque contra a vida das mulheres o Levante Feminista contra o Feminicídio lançou esta semana uma nota exigindo respeito à vida das mulheres. 

De acordo com o Observatório Estadual de Segurança Pública, da Secretaria da Segurança Pública, que monitora os casos de violência contra as mulheres no estado, desde o início do ano até o início do mês de setembro foram registrados 72 casos de feminicídios e 162 tentativas. 

No caso recente, ainda não contabilizado no Observatório, o ex-companheiro havia sido preso no dia 18 de maio deste ano por descumprir a medida protetiva e, na última sexta-feira (1º), foi solto. Os policiais encontraram a vítima morta em uma estrada de chão próxima à casa onde ela vivia. 

“Basta de matar mulheres sem que elas tenham chance de defender-se! Não queremos mais ser números de estatísticas exibidas como se fossem troféus quando apenas uma ou duas deixaram de ser assassinadas. Queremos o fim de todas as mortes violentas de mulheres”, ressalta a nota da entidade. 

Abaixo a nota completa  

EXIGIMOS RESPEITO PELA VIDA DAS MULHERES!

Nós do Levante, diante de mais um assassinato, cometido contra uma mulher no município de Estrela (RS) perguntamos: como é que a Justiça coloca em liberdade um homem que estava preso por violência doméstica e ainda sob medida protetiva? Que comportamento foi analisado nesse homem para se ter certeza de que ele não voltaria para matar a mulher? Por que é que não se criou um sistema de proteção para que ela pudesse ser poupada de mais violências? Então acharam que ele sairia bonzinho da cadeia? 

Nós, mulheres, exigimos respeito às nossas vidas, e denunciamos a irresponsabilidade com que é tratada a violência contra as mulheres e o feminicídio e exigimos redes de atendimento.

Basta de matar mulheres sem que elas tenham chance de defender-se!

Não queremos mais ser números de estatísticas exibidas como se fossem troféus quando apenas uma ou duas deixaram de ser assassinadas. Queremos o fim de todas mortes violentas de mulheres. 

Basta de Feminicídio!

*Com informações do Sul21


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Edição: Katia Marko