Rio Grande do Sul

Música e Humor

Álbum "Bossa 'n' humor" será lançado nesta sexta-feira (29) nas plataformas digitais

Com sátira à bossa nova, álbum foi feito por integrantes do Lingua de Trapo: Carlos Castelo e Tony “Pituco” Freitas

Brasil de Fato | Porto Alegre |
Álbum de dois criadores do grupo Língua de Trapo satiriza a bossa nova - Foto: Lúcio Cunha

O álbum “Bossa 'n' Humor” é fruto de uma parceria que começou em 2005 entre dois integrantes do conjunto "Língua de Trapo": Carlos Castelo (um dos compositor do grupo) e Tony “Pituco” Freitas (o vocalista do grupo).

O álbum será lançado nesta sexta-feira (29) nas plataformas digitais. Neste link é possível conferir as plataformas e fazer o pré-salvamento ("pré-save") do álbum.

A parceria aconteceu mesmo que Castelo viva em São Paulo e Pituco em Tóquio. através de videoconferências na internet, a dupla concebeu as dez músicas inéditas do disco. A produção contou ainda com participações da violonista Cristina Azuma, que reside na França; de Iñaki Dieguéz, que colaborou com seu acordeom direto da Espanha; e do multi-instrumentista Daniel Baeder, de Tóquio. Carlos Castelo gravou as vozes em um estúdio em Araras (SP).

O disco também tem arranjos de Ricardo Sagioratto e produção executiva de André Minnassian, da produtora Play RK30. As gravações foram realizadas no Estúdio Rec Trek, sob a coordenação de Elpidio Storolli. Conta com participações especiais de Vânia Bastos, Carlos Careqa, André Abujamra e do cartunista Paulo Caruso.

Segundo Carlos Castelo, o álbum é um trabalho mais amadurecido, tendo como alvo das ironias o estilo musical chamado bossa nova.

“As letras continuam provocativas e cáusticas, mas as melodias ficaram mais elaboradas”, afirma. Recorda também que Pituco é um conhecedor do ritmo e que a proposta é uma "desconstrução" do gênero musical.

Playlist de Bossa 'n' Humor:

“Beba Coca-cola” - o famoso poema concreto, de Décio Pignatari, para banquinho e violão;

“Bossampa” - uma ideia de como seria a bossa nova caso fosse paulistana;

“Posto 6” - uma hilária constatação de como os cariocas não podem viver sem cantar;

“Porque túmulo do samba” – a resposta musical à afirmação de Vinícius de Moraes de que São Paulo é a morte do pandeiro;

“Bossa sucks” – uma canção à la Sinatra que fala, com sinceridade, sobre o significado da bossa nova;

“Benê” – bossa adonirânica que narra a decadência de um amor por falta de gás;

“Expressionismo” – uma ode aos amores brutos;

“Hã?” – um autêntico João Gilberto, na linha sussurrante;

“Todo mundo é carioca” – pensata musical sobre a influência carioca no inconsciente coletivo brasileiro;

“Psicossamba” – a primeira bossa nova psicanalítica do Brasil.

Faixas Bônus:

“Concheta” - o grande clássico do Língua de Trapo, agora no formato jobiniano, no violão da concertista Cristina Azuma;

“Breque do Guioza” – parceria de Tony “Pituco” Freitas e Rogério Santos, sobre a vida de Pituco no Japão.

Sobre Carlos Castelo

Carlos Castelo participou de todos os álbuns do Língua de Trapo como compositor, atuando com o pseudônimo Carlos Melo. Compôs letras, melodias, performances, esquetes para palco e diversas capas de discos do grupo. 

Contribui com o Brasil de Fato RS na coluna "Frases Desfeitas": coluna dos aforismos, um dos mais ilustres gêneros literários. Frase curta, a tirada de espírito, cheia de agudeza e ironia.

Em 1985, sua canção “Os metaleiros também amam", em parceria com Ayrton Mugnaini Jr., foi finalista do Festival dos Festivais, da Rede Globo. No ano seguinte, Germano Mathias interpretou seu samba “Jerônimo”, em parceria com Eduardo Gudin, para a trilha da novela “Cambalacho”, da Globo.

Em 2017, criou inúmeras letras para o disco de gipsy jazz “Cavaquinho de Itu”, de Seo Manouche. Em janeiro de 2020, suas canções “Concheta” e “Como é bom ser punk” foram executadas pela Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo. Foi no evento “Vanguarda Paulista in Concert”, no Theatro Municipal, em homenagem aos 466 anos da cidade. Escreveu ainda letras para Thomas Roth, Osvaldo Fagnani (do Premê), Natércia Ribeiro Malheiros , Celso Mojola, Nina Ximenes, Luiz Macedo, Wagner Amorosino e Deni Domenico.


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Edição: Marcelo Ferreira