Rio Grande do Sul

EDUCAÇÃO

Ato em defesa do Instituto de Educação repudia planos do governo Leite para o local

Movimento cobra conclusão da restauração e manutenção das atividades escolares na tradicional escola de Porto Alegre

Brasil de Fato | Porto Alegre |
Comunidade escolar está lutando para que os alunos retornem ao prédio da escola depois de cinco anos - Foto: Marina Miranda

O Movimento em Defesa do Instituto de Educação General Flores da Cunha (IE) realiza um ato em defesa pública da instituição, às 15h30 deste sábado (6). Formado por mães, pais e responsáveis de alunos desta que é uma das mais tradicionais escolas públicas estaduais de Porto Alegre, o grupo luta pela garantia do restauro do prédio, parado desde 2019, e manutenção das atividades escolares. Isso porque o governo Eduardo Leite (PSDB) anunciou o plano de implantar no prédio um museu privado, um centro tecnológico e um centro de formação para professores.

O objetivo do ato é chamar a atenção da sociedade para o descaso do governo estadual com este patrimônio da educação gaúcha. Já circula um abaixo-assinado que exige do governo a garantia da continuidade do restauro e o retorno da comunidade escolar para o prédio histórico do Instituto. Já contabilizando quase 8 mil assinaturas, após o término da ação, o abaixo-assinado será entregue para a Secretaria Estadual de Educação (Seduc), para o governador e para o Ministério Público, segundo o movimento.

Pai e avô de estudantes e ex-estudantes do IE, Caio Batista convida a população de Porto Alegre para se somar à manifestação. “É um ato de repúdio ao que está sendo feito pelo governador, a intenção do governador com a escola, ele pretende na calada da noite transformar o IE, de 153 de vida, em um museu privado. Não podemos aceitar isso, não foi discutido com a comunidade escolar”, afirma.

“O governo Leite desrespeita a comunidade ao, sem dialogar, definir o destino da escola que é um patrimônio público e que foi feita para atender milhares de estudantes do Rio Grande do Sul. Basta lembrar que o nosso projeto de restauro é um projeto de escola e não de outra “coisa”. É muito importante a participação de todos e todas para mostrar ao governo do Estado o tamanho da nossa força”, conclama a vice-diretora do escola, Heloiza Rabeno.

Obra atrasada

Em 2016, a comunidade escolar saiu do seu espaço físico, o prédio histórico localizado na Av. Osvaldo Aranha nº 527, para dar lugar ao início das obras. Os estudantes foram obrigados a migrar para quatro espaços diferentes da cidade, com a promessa de que a obra seria concluída em 18 meses. Já se passam cinco anos, a obra está parada desde 2019, com menos de 10% do projeto executado.

O movimento ressalta que o IE tem um projeto de restauro orçado, aprovado e licitado desde 2014, construído com a comunidade escolar. Nesse projeto estão contemplados diversos laboratórios, biblioteca, ginásio e salas de aulas, qualificados para as mais modernas tecnologias e propostas pedagógicas inclusivas. Visa atender os alunos desde a educação infantil até o ensino médio, curso Normal, Curso Normal-Aproveitamento de Estudos e Educação de Jovens e Adultos, em três turnos.

* Com informações do CPERS Sindicato


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Edição: Marcelo Ferreira