Rio Grande do Sul

SALÁRIO MÍNIMO

Centrais sindicais pressionam deputados e governo Leite por reajuste de 10,3% no piso regional

Reunião da CCJ da Assembleia gaúcha marcada para terça foi suspensa e relatório só será apreciado no dia 16 de novembro

Brasil de Fato | Porto Alegre |
Manifestação nesta terça-feira (9) unificou centrais pelo reajuste de 10,3% no piso regional - Divulgação CUT

As centrais sindicais do estado realizaram um ato, nesta terça-feira (9), em frente ao Palácio Piratini, em Porto Alegre, pelo reajuste de 10,3% para o salário mínimo regional do Rio Grande do Sul. O valor está congelado desde 1º de fevereiro de 2019. O índice reivindicado repõe o INPC de 2019 e 2020, segundo cálculos do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Já o projeto de lei enviado pelo governo Eduardo Leite (PSDB) aos deputados, em 15 de julho, prevê um reajuste de apenas 2,73%, o que representa somente a metade da inflação do ano passado. Uma proposta irrisória para a classe trabalhadora.

A reunião da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) na Assembleia Legislativa, que estava marcada para ocorrer nesta terça, foi suspensa. Assim, o parecer “favorável com emenda” de reajuste de 10,3% para o chamado piso regional, protocolado em 25 de outubro pelo relator, deputado estadual Luiz Fernando Mainardi (PT), não pôde ser apreciado e estará novamente na pauta da próxima reunião, agendada para a próxima terça-feira, 16 de novembro.

O secretário de Administração e Finanças da Central Única dos Trabalhadores do RS (CUT-RS), Antônio Güntzel, criticou a demora dos deputados em votar o reajuste do piso regional, que beneficia cerca de 1,5 milhão de gaúchos e gaúchas que recebem os menores salários. “No ano passado não tivemos reajuste e neste ano já estamos em novembro sem decisão. O governador precisa ouvir os trabalhadores. Estamos aqui e vamos continuar até o dia em que a Assembleia Legislativa for aprovar o aumento que a classe trabalhadora está reivindicando”, disse.

O deputado Mainardi defendeu que o governador deveria receber as centrais sindicais para dialogar sobre o mínimo regional. “Não dá para dizer que é democrata e ouvir somente o lado das lideranças dos empresários”, criticou. O parlamentar defendeu que, além do reajuste de 10,3%, é preciso definir uma política permanente para o mínimo regional, a exemplo do Paraná.

Durante o ato se pronunciaram dirigentes das centrais e de vários sindicatos e federações, que ressaltaram a importância do piso regional para a distribuição de renda, além de ser um poderoso estímulo para aquecer a economia gaúcha.

* Com informações da CUT-RS


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Edição: Marcelo Ferreira