Rio de Janeiro

FEMINICÍDIO

No Rio, homem é condenado a 25 anos de prisão pela morte da ex-namorada

Em 2019, Luiza Nascimento Braga foi encontrada morta na casa de Bruno Ferreira que não aceitava o fim do relacionamento

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
Luiza Nascimento Braga, 25 anos, era estudante de Ciências Sociais na Uerj - Reprodução/Redes sociais

O Conselho de Sentença do 2º Tribunal do Júri da Capital condenou na última quinta-feira (26) Bruno Ferreira Correia a 25 anos e quatro meses de prisão em regime fechado pelo feminicídio de sua ex-namorada, a estudante da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) Luiza Nascimento Braga, de 25 anos.

O crime aconteceu no bairro do Anil, em Jacarepaguá, zona oeste do Rio. Foram os pais da jovem que encontraram o corpo no dia 22 de junho de 2019 no apartamento onde ela havia morado com Bruno. 

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Ele não aceitava o fim do relacionamento e matou Luiza com diversas facadas no rosto e no pescoço. Bruno, de 38 anos, foi condenado pelos crimes de feminicídio e homicídio triplamente qualificado, por motivo torpe, emprego de meio cruel e mediante recurso que impossibilitou a defesa da vítima. 

A promotora de acusação, Simone Sibílio, destacou o ativismo da jovem, que era feminista e lutava contra relacionamentos abusivos.

"O autor daquela ação penal era a população do estado do Rio exatamente em razão da causa da Luiza. Ela era ativista, feminista, postava coisas contra relacionamento abusivo. Como ela não percebeu que estava sendo vítima disso? Ela morreu nas mesmas circunstâncias contra as quais ela lutava tanto. Espero que os pais dela agora sigam a vida com sentimento de que a justiça foi feita", disse a promotora.

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No interrogatório, Bruno contou que examinou o celular da jovem enquanto ela tomava banho e encontrou indícios traição. Eles teriam começado uma briga e ele afirma não lembrar do que aconteceu depois. Duas testemunhas de acusação e uma de defesa também foram ouvidas.

Relembre o caso

Luiza desapareceu no dia 19 de junho de 2019. Ela passou a noite na casa de Bruno, na zona oeste do Rio, onde já havia morado. Os pais desconfiaram de uma mensagem que teria sido enviada por ela e decidiram ir até o apartamento. 

No local, encontraram o corpo da jovem ocultado por um cobertor e com diversas facadas no pescoço e no rosto. Após o crime, Bruno fugiu para Nova Friburgo, na região serrana do estado, onde foi preso 46 dias depois.

*Com informações do Jornal Extra

Edição: Clívia Mesquita