Rio Grande do Sul

Educação

Educadores (as) de todo o estado iniciam vigília por reposição linear para toda a categoria

Ato começou na manhã desta terça-feira (21) e seguirá nesta quarta-feira (22), quando deve entrar em votação o reajuste

Brasil de Fato | Porto Alegre |
Vigilia seguirá amanhã (22), quando deve entrar em votação a proposta do governo para o reajuste do piso da categoria - Foto: Caco Argemi/Cpers

Trabalhadores e trabalhadoras da educação iniciaram uma vigília em frente ao Palácio Piratini para exigir reajuste de 32% para toda a categoria. Ato seguirá nesta quarta-feira (22) quando deve entrar em votação a proposta do governo para o reajuste do piso da categoria. Ainda durante a manhã grupos de educadores (as) estiveram nos gabinetes dos deputados (as), na Assembleia Legislativa, expondo a importância de votarem a favor do acréscimo salarial para todos trabalhadores (as) da educação.

Conforme enfatiza o CPERS Sindicato, o projeto do governo Eduardo Leite (PSDB) para o reajuste do piso salarial profissional do magistério (PL 478/21) não contempla as reivindicações da entidade. “O valor integral do acréscimo chegará a míseros 14,7% dos educadores (as), mais de 24 mil funcionários (as) de escola e quase dez mil educadores (as) aposentados sem paridade não serão contemplados”, expõe o sindicato, ressaltando que a entidade quer um reajuste de 32% para todos educadores (professores, funcionários de escola e aposentados).
 
“Não aceitamos que funcionários e aposentados, sem paridade, fiquem sem reajuste. Assim como não admitimos que o governo absorva a parcela de irredutibilidade no subsídio, fazendo com que o reajuste seja pago do nosso próprio bolso”, salientou a presidente do CPERS, Helenir Aguiar Schürer.

Durante a vigília desta manhã a professora aposentada Maria Aparecida Jacques Leão lamentou a situação. “Estamos vivendo em uma situação que beira a miserabilidade. Além de sete anos sem aumento, voltamos a pagar a Previdência. É muita crueldade”. 

Para a diretora do Departamento dos Aposentados do CPERS, Glaci Weber, a proposta apresentada pelo governo é desumana. “Já nos penalizam com a reforma da Previdência, liquidaram com o nosso plano de carreira e agora propõem um reajuste que não contempla os aposentados sem paridade e dá um valor irrisório aos demais”, afirmou.

“Este governo é o único que não reconhece os funcionários de escola como educadores. Com um salário base de R$ 620,75 é inadmissível que não sejam contemplados com o reajuste”, expôs a diretora do Departamento dos Funcionários de Escola do Sindicato, Juçara Borges.

Hoje, o Ministério da Educação (MEC) divulgou o valor do Piso Nacional do Magistério para 2022, que será de R$ 3.845,34, com crescimento de 33,23% frente ao valor de 2020. Trata-se do reajuste do índice nacional.

“Com este novo fato, fica ainda mais perversa a matemática imoral de Eduardo Leite, que não está garantindo o índice oficial de reajuste do Piso Nacional do Magistério, de 33,23%, para nenhum educador estadual”, ressaltou Helenir. 

Ainda durante a manhã foi entregue aos deputados ofício com análise e dados do Dieese que aponta que há condições do Executivo pagar o reajuste para toda a categoria. “Ainda há disponível R$ 675 milhões do Fundeb. O governo tem dinheiro sim para estender o reajuste aos funcionários de escola e aos aposentados sem paridade. Além do superávit recorde de R$ 4,6 bilhões”, enfatizou Helenir.

*Com informações do CPERS - Sindicato


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Edição: Katia Marko