Rio Grande do Sul

Fim de Ano

Editorial | O que a História vai nos cobrar

"São momentos do passado que flagram caminhadas na rota do futuro"

Brasil de Fato | Porto Alegre |
Charge de Santiago no jornal impresso N. 32 - Santiago

O ano que está chegando é pródigo em datas estimulantes. Datas que avançam no rumo da civilização contrastando com o presente de retrocessos que vivemos. O que já faz com que olhemos para os próximos 365 dias com esperança. 

Além dos 200 anos da declaração da independência, 2022 vai marcar os 100 anos da fundação do Partido Comunista e da Semana de Arte Moderna, que colocou de ponta-cabeça e deu novos rumos à cultura. E os cem anos de nascimento de dois grandes brasileiros: Leonel Brizola e de Darcy Ribeiro.

Pode-se citar, também, os 40 anos do resgate do voto para eleger os governos dos estados. Aconteceu quando a ditadura já estava no leito de morte onde ainda agonizaria mais três anos.

Há outras datas, menos retumbantes, mas igualmente inovadoras. Vinte anos passados, o MST aprovou a participação igualitária de gênero em todas as suas instâncias e atividades. E os 10 anos de fundação do Levante Popular da Juventude. Sem contar a jornada extraordinária, 25 anos atrás, de milhares de trabalhadores sem terra que, em três colunas saídas de São Paulo, Minas e Mato Grosso, chegaram a Brasília na Marcha Nacional por Reforma Agrária, Emprego e Justiça.

São momentos do passado que flagram caminhadas na rota do futuro. É o que a História nos cobrará em 2022: um movimento em direção à soberania, à ciência, à democracia, à igualdade, à tolerância, ao emprego, ao respeito ao ser humano. E o banimento definitivo da submissão, do atraso, do preconceito, da estupidez, do negacionismo e da desigualdade.

Edição: Ayrton Centeno