OUÇA E ASSISTA

"Intolerância religiosa é a negação cultural e histórica do povo negro", afirma historiadora

Ana Gualberto, coordenadora da Koinonia, fala sobre a Semana de combate ao racismo, ódio e intolerância religiosa

Ouça o áudio:

O programa Central do Brasil vai ao ar, de segunda a sexta, às 19h45 - Foto: SPS / Sheyla da Justa
O conservadorismo e os fundamentalistas autorizam as pessoas a infringir a lei

"A intolerância vai se expressar de diversas formas, desde um vizinho que começa a questionar uma prática que seria cotidiana, até como acontece no Rio de Janeiro, em que as pessoas não podem estender roupas brancas", explica Ana Gualberto, historiadora e coordenadora de ações com comunidades negras tradicionais da Koinonia. A organização é formada por pessoas de diferentes tradições religiosas. 

Em entrevista ao programa Central do Brasil desta segunda-feira (17), ela destaca o papel que o Estado deveria desempenhar na garantia da livre manifestação religiosa e de como, muitas vezes, ele mesmo é o promotor da violência. Ana aborda a edição deste ano da Semana de combate ao ódio, racismo e intolerância religiosa, instituída desde 2007. A programação do evento começou neste domingo (16) e segue até o dia 22. 

Continua após publicidade

Ela avalia que a motivação central dos casos de intolerância religiosa no Brasil, cujo alvo prioritário são as religiões de matriz africana, "é uma negação cultural e histórica da existência do povo negro no país".

Na entrevista, a historiadora também critica o comportamento do Governo Federal no combate ao racismo. Ela analisa que o presidente Jair Bolsonaro sempre adotou a prática de negar que existe racismo no Brasil, e que essa postura se replica na sua equipe. Para Ana, isso acaba sendo um aval para práticas racistas. 

"A gente tem vivido, hoje, no mundo e no Brasil, uma movimento em que o conservadorismo e as práticas fundamentalistas estão ganhando espaço e, com isso, as pessoas se sentem mais à vontade para infringir a lei", pontua. 

E tem mais!

No quadro Nacional, especialistas alertam para um novo aumento de casos de gripe e covid-19 no Brasil. A recomendação é redobrar os cuidados, evitando aglomerações e mantendo o uso de máscaras. O Boletim Infogripe, da Fiocruz, registrou no último sábado (15), um aumento de 135% de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). Os especialistas atribuem este novo crescimento ao ritmo de transmissão da variante ômicron no Brasil. 

Parada Cultural indica o novo álbum do rapper RT Mallone, "Kipembê", que traz uma reflexão sobre as experiências vividas durante a quarentena. No Embarque Imediato, o retorno da colaboração do editor da newsletter Ponto, Miguel Stédile. Ele aborda nesta edição a centralidade que o debate econômico terá nas eleições de 2022 e a aposta da elite financeira do país numa candidatura de terceira via. 

Sintonize

Para acompanhar o Central do Brasil, basta sintonizar a TVT em uma antena digital, interna ou externa. Na grande São Paulo, o canal é o 44.1 (sinal digital HD aberto); na NET o canal é o 512 (NET HD-ABC); no UHF, a sintonia é 46; 13 na NET-Mogi; e Canal 12 na Vivo São Caetano do Sul.

A sintonia da Rádio Brasil Atual é 98,9 FM na Grande São Paulo. Também é possível acompanhar a programação radiofônica pelo site do Brasil de Fato.

Quem está fora de São Paulo, pode sintonizar a TVT com a parabólica, via satélite. É necessário direcionar a antena para StarOne C3 Freq: 3973 Mhz Pol: Vertical, DVB-s2; SR: 5000 FEC ¾. Confira mais informações neste link.

Dados da menor estação receptora

Antena: Embrasat modelo RTM 2200Std
Focal-Point
Diâmetro 2,2m
Ganho de recepção no centro do Feixe (Dbi) 37,5
G/T da estação (dB/K) 18,4


 

Edição: Raquel Setz