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Centrais Sindicais lançam frente programática para eleições de 2022 e derrotar Bolsonaro

Ação aconteceu no painel Lugar da classe trabalhadora na reconstrução do Brasil e os desafios para derrotar o Bolsonaro

Brasil de Fato | Porto Alegre |
Mais do que nunca, o sindicalismo precisa fazer política de classe. 2022 será o ano da política. Será o ano da batalha da barbárie contra a civilização, do fascismo contra a democracia” - Foto: Reprodução

Nesta quinta-feira (27), as centrais sindicais lançaram, em Porto Alegre, durante o painel “Lugar da classe trabalhadora na reconstrução do Brasil e os desafios para derrotar o bolsonarismo”, uma frente programática para as eleições de 2022 e derrotar Bolsonaro. Segundo o documento apresentado, “somos a única força política e social capaz de deter a sanha do capital e seu projeto de barbárie”.

A atividade faz parte do Fórum Social das Resistências 2022 (FSR2022) e reuniu mais de 200 dirigentes sindicais. Debate teve como painelistas Clemente Ganz Lúcio, sociólogo e assessor do Fórum das Centrais Sindicais, e Altamiro Borges, jornalista e presidente do Centro de Estudos de Mídia Alternativa Barão de Itararé. Também se manifestaram o presidente nacional da CUT, Sérgio Nobre, e o presidente nacional da CTB, Adilson Araújo, além de dirigentes estaduais das centrais.

:: Confira a cobertura completa do Fórum Social das Resistências ::

Para o presidente da CUT-RS, Amarildo Cenci, o documento tem como propósito entender qual é o "nosso lugar neste momento da história". Conforme destacou o dirigente, o texto visa a unidade numa frente de luta com eixos centrais, com a centralidade no mundo do trabalho e do trabalhador, seja ele formal, seja ele informal. "Precisamos ter a perspectiva de incluir esses milhões de precarizados, não podemos perder isso de vista”, destacou.

Na avaliação da secretária-geral da CUT-RS, Vitalina Gonçalves, uma das apresentadoras do painel, "precisamos enxergar que, essa classe trabalhadora desempregada e com fome, mais de 50% dela são mulheres e muitas mulheres negras que sustentam as suas famílias. Nós, como sindicalistas, precisamos olhar para essa classe, a fim de podermos dialogar com ela.”

A tarefa mais importante deste ano é derrotar Bolsonaro

Segundo o presidente nacional da CUT, as eleições desse ano podem definir o que será do país nos próximos 20 anos. “Se a gente vencer é a nossa oportunidade de ressuscitar o Brasil e retomar o caminho do desenvolvimento. Avançar para uma sociedade organizada, com sindicatos fortes. Não vai ser uma batalha fácil. Não é só ganhar o governo, é preciso ter uma base forte organizada para avançar”, advertiu.

“A unidade das centrais sindicais foi a coisa mais importante que construímos nos últimos anos. Toda a luta de resistência que construímos no Brasil, desde o golpe contra a presidenta Dilma, nasceu da unidade das centrais sindicais. Esse é o ano da nossa vida. Não tem tarefa mais importante para a classe trabalhadora do que derrotar o Bolsonaro”, destacou Sérgio Nobre.

Por sua vez, Altamiro Borges destacou vários elementos da conjuntura do país desde o golpe de 2016. “A questão central hoje é a alteração da correlação de forças no Brasil. E isso exige uma resposta eminentemente política”, observou. Para ele mais do que nunca, o sindicalismo precisa fazer política de classe. "2022 será o ano da política. Será o ano da batalha da barbárie contra a civilização, do fascismo contra a democracia”, salientou Miro. “Hoje a questão central é derrotar o fascismo. E requer muita politização, muita organização e muita mobilização dos trabalhadores e das trabalhadoras”, enfatizou.

Clemente também apontou a importância do processo eleitoral. “2022 é um ano fundamental, onde temos que colocar para a sociedade, que cabe a ela a tomada de decisão por meio do voto. Temos a tarefa de convencer a sociedade para que façam uma outra escolha, para que a sociedade possa se transformar numa sociedade desenvolvida. Nós temos que afirmar que é possível, que é necessário e que temos outro caminho, que já foi experimentado”, disse.

Combater o fascismo e a desigualdade

O mundo vive com o crescimento do conservadorismo e da extrema-direita. “Não é só uma ofensiva neoliberal, é uma ofensiva combinada com ascensão do neofascismo e combinada com obscurantismo nos valores. Uma grande regressão civilizatória. A onda mundial é uma onda de regressão do trabalho, de tremendo ataque”, enfatizou o jornalista.

Movimento que também tem aumentado a desigualdade. “O mundo vive um aumento de desigualdade inimaginável. O Brasil é um país que exacerbou essa política de produção de desigualdade. Vemos o aumento da fome, da miséria. Portanto, recolocar esse debate como central é recolocar o país numa perspectiva de desenvolvimento”, disse o sociólogo.

Fortalecer a unidade da classe trabalhadora

“Nenhuma força sozinha vai conseguir derrotar essa avalanche que tomou conta do Brasil. Nós sofremos muitas derrotas. E enfrentar esses desafios vai exigir também muita união de forças. Qualquer exclusivismo e hegemonismo vai ser muito negativo para enfrentar o quadro que a gente vive”, destacou Miro.

A importância da unidade também foi enfatizada por Clemente. “É necessário fazermos o trabalho unitário com atenção e prioridade massiva de atuação nas bases sindicais, sobre a importância da escolha que será feita. Vamos eleger governador, presidente, senadores e deputados estaduais e federais. Escolhas que são fundamentais para constituir bancadas legislativas capazes de recolocar o debate sobre tudo aquilo que precisamos reconstruir”, frisou.

Clique aqui para ler a íntegra do texto e confira o painel.

 
PAINEL: Lugar da classe trabalhadora na reconstrução do Brasil e os desafios para derrotar o bolsonarismo

Como parte das atividades do Fórum Social das Resistências, o painel conta com as participações de Clemente Ganz Lúcio, sociólogo e assessor do Fórum das Centrais Sindicais, e Altamiro Borges, jornalista e presidente do Centro de Estudos de Mídia Alternativa Barão de Itararé e representantes das entidades sindicais.

Posted by Brasil de Fato RS on Thursday, January 27, 2022

 

*As informações são da CUT-RS


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Edição: Katia Marko