Rio de Janeiro

Tragédia

Petrópolis: no segundo dia de buscas, número de mortos chega a 104 com estimativa de aumentar

Segundo o Corpo de Bombeiros, pelo menos 24 pessoas foram resgatadas com vida; não há número oficial de desaparecidos

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
Até o momento, são 372 desabrigados ou desalojados, 89 áreas atingidas, 26 deslizamentos e mais de 180 moradores de áreas de risco acolhidos nas escolas
Até o momento, são 372 desabrigados ou desalojados, 89 áreas atingidas, 26 deslizamentos e mais de 180 moradores de áreas de risco acolhidos nas escolas - Carl de Souza / AFP

O número de mortos após o temporal que atingiu Petrópolis, na região Serrana do Rio, na última terça-feira (15), foi atualizado para 104 na manhã desta quinta-feira (17), segundo informações da Defesa Civil estadual. A estimativa é de que o número cresça ainda mais em razão das pessoas soterradas que ainda não foram encontradas em vários pontos da cidade.

A Polícia Civil informou que está trabalhando para agilizar o reconhecimento e a liberação de corpos no Instituto Médico Legal (IML) da cidade. 

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De acordo com informações do Corpo de Bombeiros, pelo menos 24 pessoas foram resgatadas com vida. Ainda não há número oficial de desaparecidos. O Ministério Público do Estado do Rio (MP-RJ) divulgou uma lista com nomes de 30 pessoas desaparecidas.

Até o momento, são 372 desabrigados ou desalojados, 89 áreas atingidas, 26 deslizamentos e mais de 180 moradores de áreas de risco acolhidos nas escolas, segundo a Prefeitura de Petrópolis. O município decretou estado de calamidade pública desde a última quarta-feira (16). 

Em entrevista coletiva dada na tarde da última quarta-feira (16) pelas autoridades estaduais, o governador, Cláudio Castro, afirmou que essa “foi a pior chuva da região desde 1932”.

Outros desastres como esse já ocorreram na serra fluminense. Em 1988, foram 134 mortos em Petrópolis. Em 2011, 918 pessoas morreram e outras dezenas desapareceram na região serrana, principalmente em Nova Friburgo e Teresópolis.

No entanto, há 90 anos que Petrópolis não via uma chuva tão volumosa em 24 horas como a que foi registrada na cidade nesta semana, com um acumulado de 259 mm. Os dados são do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Nautrais (Cemaden), divulgados pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) ao jornal Extra. O recorde anterior era de 168,2 mm, em 20 de agosto de 1952.

Edição: Mariana Pitasse