Rio Grande do Sul

Artes Visuais

Maria Paula Recena e Marcos Sari inauguram a exposição "Beabá" no V744 Atelier

A terceira mostra do espaço expositivo abre neste sábado (12) e poderá ser visitada até o dia 28 de abril

Brasil de Fato | Porto Alegre |
Detalhe de obra de Maria Paula Recena, que integra a mostra “Beabá” - Foto: MP Recena

Os artistas visuais Maria Paula Recena e Marcos Sari inauguram a exposição "Beabá", no V744 Atelier, neste sábado (12), às 17h, dentro do projeto “Eu convido que convida”.

A reunião dos trabalhos para a mostra Beabá é resultado da relação de coleguismo e amizade entre Maria Paula Recena e Marcos Sari ao longo de mais de duas décadas de produção. No caso da presente exposição, os artistas desenvolveram a proposta em conjunto com trabalhos independentes que dialogam entre si, criando um conjunto que se aproxima do conceito de uma pré-linguagem, numa abordagem poética a qual denominaram Beabá.

Beabá é a terceira mostra do espaço expositivo V744 Atelier. A abertura acontece no sábado (12), das 17h às 20h. Visitação até 28 de abril, de quartas às sextas, das 14h às 17h, de maneira espontânea. Outros horários serão contemplados com agendamento pelo direct do Instagram.

Uso obrigatório de máscara e álcool em gel à disposição, assim como orientação para 2m de distância entre as pessoas. O V744 Atelier fica na Rua Visconde do Rio Branco, 744, Bairro Floresta, em Porto Alegre. A entrada é franca.


Exposição no V744atelier, que inaugura nesta sábado (12), reúne obras de Maria Paula Recena e Marcos Sari / Reprodução

A exposição

A montagem inicia-se pelo trabalho de Maria Paula Recena que dá nome à exposição: Beabá. Este é composto por uma série de objetos pendentes em acrílico colorido com inscrições pouco legíveis. A sala é composta por desenhos da série “Escapes em terra”, de Marcos Sari; um desenho da série “Paisagens sem espaço”, de Recena, e um trabalho conjunto chamado “Mesa da vovó”.

“Escapes em terra” são feitos a lápis de cor e canetas hidrocor. Nestes desenhos, o artista desconstrói a paisagem do Pampa em desenhos que têm interferências ou colagens feitas com a apropriação de partes de desenhos de Caetana. O desenho da série “Paisagens sem espaço” é um desenhos de 10m, feito ao prensar/esmagar grafites sobre papel em rolo, em processo que a artista só vê o trabalho inteiro ao desenrolar o desenho, depois de pronto, em lugar acessível. A “Mesa da vovó” é um trabalho experimental que que será desenvolvido em conjunto na montagem.

Completa a mostra, uma produção de Marcos Sari, chamada de “4 elementos”, em que certas paisagens sonoras e balbucios são ouvidos na reprodução desta peça de arte sonora. Em área externa, um jogo de varetas em dimensões muito maiores do que as usuais, de Maria Paula Recena, poderá ser manipulado. Dentro da ideia de jogo com as palavras, suspenso no idioma híbrido da fronteira seca entre Brasil e Uruguay, uma “charla” chamada “Charles Cruces”, de Sari e de Mariana Dos Santos, será disponibilizada para que os visitantes levem uma cópia deste texto-conversa-invenção para casa.

Sobre os artistas

Maria Paula Recena é natural de Porto Alegre, arquiteta, artista visual, mestre em Poéticas Visuais e doutora em Arquitetura. Fez parte do Torreão entre 1998 e 2005, anos de intensa troca, compartilhamento de ateliês e formação. Foi mapeada no primeiro Rumos Itaú Cultural. Desenvolve seu trabalho com instalações e objetos, em paralelo à pesquisa com desenhos que envolvem, em seu processo, uma dimensão performática. Fez uma pausa entre 2007 e 2018, trabalhando apenas questões teóricas. Retoma o trabalho de ateliê em Residência Artística no LINHA.poa, em 2019. Foi selecionada, em 2020, nos Editais Itaú Arte como Respiro e Funarte Respirarte. Foi professora colaboradora do PPGAV-UFRGS de 2014 à 2016. Atualmente, é professora do Programa de Pós-Graduação em Arquitetura da UFRGS, com pesquisas interdisciplinares em arte e arquitetura. Vive e trabalha em Porto Alegre / Brasil.

Marcos Sari é natural de Porto Alegre. Bacharel em Artes Visuais pela UFRGS (2003). Fez parte do Torreão (escola independente de arte contemporânea) em Porto Alegre onde participou ativamente dos cursos e ateliês abertos entre 1997 e 2009. Expõe seu trabalho em várias mídias destacando instalações artísticas, intervenções em paisagem e livros de artista, desde 2001. Foi bolsista da Fundação Iberê Camargo em 2010 e integrou a 8ª Bienal do Mercosul em 2011.Trabalha com arte-educação para diversos públicos.  Coordena, desde 2003, o Projeto Meio juntamente com Daniele Marx produzindo publicações e ações entre Porto Alegre e Amsterdam. Atualmente, é professor do curso de Belas Artes na Universidade de La República Del Uruguay (UDELAR) em Rivera. Desde 2020 vem desenvolvendo a série de desenhos com colagens Escapes em terra, que partem de observação da paisagem, selecionado no FAC Digital RS. Atualmente, trabalha no coletivo 3:PAN, criado em 2021 para ações poéticas na região da fronteira entre Livramento (BR) e Rivera (UY) em tempos de pandemia. Vive e trabalha entre a fronteira Livramento (BR)/Rivera(UY) e Porto Alegre/Brasil


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Edição: Katia Marko