Povos indígenas do Rio Grande do Sul realizaram duas mobilizações em Porto Alegre, nesta quinta-feira (24), por questões referentes à educação, conforme registrou o repórter Alass Derivas.
O Coletivo de Estudantes Indígenas da UFRGS se reuniu com representantes da Universidade para debater a pauta da Moradia Indígena. A audiência de conciliação aconteceu na 9ª Vara da Justiça Federal de Porto Alegre e contou também com a representação da Prefeitura e da Procuradoria Federal.
Conforme a reportagem, o espaço buscou um acordo entre as partes sobre a reivindicação da casa do estudante indígena. O representante da UFRGS afirmou que a Universidade já escolheu um prédio que será destinado como solução definitiva para a reivindicação. Ele disse que o processo está sendo mediado pela Pró-reitoria de Extensão.
Após as argumentações, a juíza federal Clarides Rahmeier decidiu por uma nova audiência de conciliação no dia 7 de abril. Depois de algumas articulações através do celular, o procurador-chefe da Universidade se pronunciou dizendo que é provável que nem seja necessária essa audiência, pois até lá os estudantes indígenas já estarão realocados no prédio destino.
Já a comunidade da aldeia Kaingang Por Fi Ga, do município de São Leopoldo, na região Metropolitana, realizou um protesto em frente à Secretária Estadual de Educação (Seduc). A mobilização começou por volta das 14h, reivindicando a construção de uma escola indígena no território.
Segundo os manifestantes, a comunidade está na luta há mais de oito anos por essa escola e precisa de apoio popular. Uma comissão da comunidade foi recebida dentro da Secretaria da Educação para buscar encaminhar a construção de escola indígena.
Segundo Antônio do Santos, conselheiro de articulações públicas da Comunidade Por Fi Ga, a comunidade cansou de esperar pela construção da escola, já que, repetidamente, solicitou audiências públicas com o poder público estadual para viabilizar a reivindicação.
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Edição: Marcelo Ferreira