Rio Grande do Sul

Fotografia

Breno Serafini lança livro e exposição de fotos em homenagem aos 250 anos de Porto Alegre

Livro "POAlaroides urbanas – uma ode visupoética a Porto Alegre" é um mosaico de 166 fotos de página inteira

Brasil de Fato | Porto Alegre |
O autor Breno Serafini registrou diversas artes urbanas pelas ruas da capital gaúcha nos últimos 10 anos - Foto: Ariel Serafini

Breno Serafini lança o livro "POAlaroides urbanas – uma ode visupoética a Porto Alegre", uma produção com 166 fotos de página inteira, junto de alguns textos do autor. O livro é uma homenagem à capital gaúcha a partir do registro de sua arte urbana, principalmente graffitis, que foram captados pelo celular do autor. Nesse sentido, faz um inventário de dez anos de registro fotográfico, com uma variedade de autores e de formatos que representam hoje o que a cidade tem de mais significativo nessa arte.

O lançamento oficial do livro acontece nesta terça-feira (29), com uma exposição de 20 fotos de graffitis, no Centro Municipal de Cultura (Av. Erico Verissimo, 307), às 19h. A exposição ficará aberta para a visitação até o dia 8 de abril, de segunda a sexta, das 9h às 18h. Nas terças e quartas o horário será estendido, das 9h às 22h. O evento integra a programação oficial do aniversário de 250 anos de Porto Alegre.

O livro contou com a curadoria do artista visual Luís Flávio Trampo, uma referência na arte do graffiti porto-alegrense.

“Essa arte sem fronteiras tem como uma de suas principais características a fácil integração de seus adeptos, que são como agentes multiplicadores dessa manifestação popular. As intervenções nas ruas de Porto Alegre vão além da tinta spray. Muitos artistas (ativistas) usam diversas técnicas e suportes para registrar sua arte, seja colando adesivos e cartazes, seja pintando de uma forma livre. Muros que embelezam e denunciam, expressando uma cidade que pulsa e vibra cultura”, comenta o curador.

No prefácio, o quadrinista, ilustrador e artista visual Fábio Zimbres explica que as intervenções são tentativas de trazer para a cidade algo que os grafiteiros e pixadores acreditam faltar nela: um rosto humano, fantasia, leveza, amor e até mais ruído.

“Como a cidade, este livro tem várias camadas. Os autores do caos estão mais ou menos escondidos, só vemos pedaços do que eles (nós) deixam(os) para trás. O que vemos são os artistas intervencionistas, expostos às intempéries, trazendo a cura efêmera. E a seguir, vem o olho que captura e desenha um mapa fraturado dos pontos desse corpo, um diagrama das intervenções, as novas, as velhas, as que sumiram. No conjunto, temos um quadro incompleto, caótico e poético, no qual essa sobreposição de autores se funde num objeto que passa a existir dentro da cidade. Um retrato da cidade cercado de cidade por todos os lados”, destaca.


:: Clique aqui para receber notícias do Brasil de Fato RS no seu Whatsapp ::

Edição: Katia Marko